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Genealogias fazer psicanalítico sabre..
Uma Psicanálise, DESDE Seu Advento, sofreu Variações conceituais, Estruturais de e politicas de sabre consideráveis de e Verdade. A CONSTRUÇÃO DOS Ensaios Clínicos do Dr. Freud escandalizou a Viena da Época POR evidenciar uma Sexualidade da Criança e colocar POR UMA Que Clínica da Escuta dos Sentidos era Possível, ocasionando ASSIM UMA reorganização da subjetividade QUEM de Fala. Na Primeira Assertiva, o Escándalo estava nd profanação da infância, construida Como Inocente de e Pura não Século XVIII, e, Na Segunda, não Fato de Uma "cura" SEM MEDICAMENTOS de e SEM MAIS invasões corporais visíveis objetivas e. Logo, uma Psicanálise Nasce envolta los UMA aura transgressora, afastada da moral burguesa.
Nao se tratava de UMA Escuta Fácil de Ser construida, a Visto Que uma empreitada freudiana custaria Muito caro um inventor SEU. E Interessante utilizar o Termo "Invenção" e Não "Descoberta" para NAO Alimentar a ideia de tratar-se de hum Fato natural, Que JÁ estaria Lá, neutra e imparcial ea Tarefa fazer Pesquisador / Analista séria desvendar SUA Verdade implícita. Nao se Aqui Trata disso, EM QUE pese o Desejo inicial de Freud de uma Psicanálise Que Fosse UMA Ciência natural (Palombini, 1995). Tomamos o Inconsciente Como Produção discursiva Que instaura o laço social, Semper cambiante e produto / do Produtor Sujeito fazer Desejo, o tendão Pesquisador / Analista de implicada e complicada Tarefa de questionar como certezas e problematizar Verdades e saberes totalitários. Ou SEJA, Nessa Perspectiva, "o Inconsciente NAO E UMA Realidade psíquica Que CADA UM Carrega, Como se Fosse UMA Propriedade da alma, oculta, ignorada, Que se desvela, revelação, Descobre" (BUENO, 2002, p.30), porem SE FAZ uma Partir da Lógica fazer Discurso, "Uma Lógica necessariamente paradoxal, Ja Que É O MESMO Que produz Sujeito A Verdade Que acredita Descobrir" (JERUSALINSK, 2007, p.136), POIs elementos QUEM E um Inventa nd Relação com o Outro .
Decorridos Mais de hum Século da Construção de SUA Clínica e dedicados Estudos epistemológicos (JAPIASSU, 1998), o Estatuto Científico da Psicanálise Nao se atem AO Modelo das Ciências Naturais, das Ciências Humanas NEM, Divisão Clássica das Ciências factuais. Seu Estatuto epistemológico se alinha a Ciência, Como coloca Lacan em "A Ciência ea Verdade" (LACAN, 1998), POIs AO Lado da religião OU NAO PODE da magia Estar, calcâneo in Vista OS dogmatismos de e Profissão de Fé inerente saberes um sos. ASSIM, uma Invenção da Psicanálise: (...) TEVE Duas Grandes consequencias no Campo do Saber. A Primeira FOI o reconhecimento de Que O Corpo de verdade dos Humanos E POR UMA regido Ordem simbólica Que desdobra sobre Este Corpo efeitos imaginários; UMA Ordem Que prevalece sobre OS Automatismos neurovegetativos. Na Medida los Que se verificação Que uma condição Humana Depende desse Corpo de Que OS enunciados Que o simbolizam mantenham SUA efficacy, uma anatomia ea fisiologia perdem SUA exclusividade não fazer Reino patológico. IstoÉ muda uma Leitura dos sofrimentos e estabelece OS Principios de Uma Nova clínica. A Segunda Que, é, embora constitua NAO Uma Nova Epistemologia (faltaria parágrafo ISSO ter um Que Fé, não Método, a Ciência Contemporânea TEM), certamente produz Uma Nova episteme, OU SEJA, um novo Ponto de partida par a Abertura de Caminhos do Saber (JERUSALINSK;. Mezan, 2007 p 136). ESSE E preâmbulo ilustrativo das questões da transgressão los Psicanálise e das nuances Que ESSE campo sabre de assumir nd era Pós-Freud. PODE-SE considerar Que o campo psicanalítico Contemporâneo se estabelece los Torno de Três grandes "Escolas": inglesa, francesa e americana. CADA UMA Delas Tomou uma obra freudiana uma Partir de UMA Linha de raciocínio, Construindo UMA exegese particulares, da qua resultam posições teóricas Diferentes MUITO. inclusiva Ao estudarmos a História da Difusão da Psicanálise, como infelizes posições da Psicanálise nd Alemanha nazista OU NA presence de torturadores los Entidades de Formação, Como FOI o Caso no Brasil (VALE, 2003), vemos Que HÁ UMA Tendência de Buscar manter uma "doutrina" Viva a clien QUALQUÉR. De maneira Geral, HA UMA Presença de hum Discurso voltado para à Manutenção do Saber psicanalítico Como legítimo UO puro indelevelmente.
ESSA POSIÇÃO, Além de muitas Vezes OS ferir estatutos das prerrogativas dos Direitos Humanos, poe um nu Que a Psicanálise NAO E UM sabre doutrinal advindo da Esfera Celeste, mas justamente o contrario, vindo dos e indo parágrafo OS Seres Humanos, advindo o ritmo de tarefas dos Confrontos de Idéias E DISCUSSÕES Ético-policies Entre enguias. DiZer ISSO NAO SE, comunique como criticas Que se FAZ da POSIÇÃO DO Analista Como Sujeito Político nd Prática Clínica. Na Lógica psicanalítica, o Analista somente existe enquanto Sujeito nd suposição de hum sabre Que FAZ semblante, Que empresta Seu Corpo, SUA Imagem e Seu Inconsciente parágrafo Que complexas Operações entrem em Movimento e "abram o Jogo de xadrez". Certamente Nao è Possível Que ESSA Operação Espelho de absoluta SEJA POR ISSO e justamente temos um Supervisão, uma Análise Pessoal ea compreensão da "Transferencia recíproca" como Instrumento de compreensão dos afetos Que se não acionam Analista EO fazem Sentir UO "atuar" esses afetos. Logo, nao se Trata de colocar Aqui o Que isento Analista E, mas lembrar Que o Analista Nao se coloca Como Sujeito los virtude de uma Prática da Clínica Psicanalítica Nao Ser hum laço social, QUALQUÉR, mas justamente hum laço social, inventado, Nunca Antes Visto nd História Humana. Note-se Que also ESSA POSIÇÃO E Relativa AO marco epistemológico AO qua nn alinhamos, tendão los Vista Que, Na contemporaneidade, alguns Segmentos da Psicanálise advogam a ideia de Que o Analista DEVE Ser reconhecido Como Pessoa.
Não parece concordar com Possível ESSA premissa, Haja vista Que o Papel do Analista E o do Espelho, Tanto nd Situação da Análise QUANTO da Sociedade Que se propõe Pôr los Análise: refletir a Imagem Própria que recalcado e observar o Que resultará disso, podendo resultar los nada, inclusive. E Relevante destacar Que existem situations los Que a Psicanálise se cala OU CASOS nn cais Quais d'Orsay ELA NAO Simplesmente ocorre, e NAO HÁ nada de Errado com a Teoria. Se a Psicanálise ESTA parágrafo a Ciência, a Ciência ESTA Pará como Verdades Provisórias, Pará Dúvidas e Pará Um falibilidade. Infalível e NAO criticável São Dois TERMOS Que excluem do Campo de Conhecimento Científico QUALQUÉR Assertiva sabre de.
Diante dessas Considerações, JA PODEMOS entao presumir Que a Psicanálise NAO E UMA , QUE NAO TAO Simples e nomear-se psicanalista e Mais complexa ainda se Torna a Questão QUANDO pensamos nd Psicanálise um "Serviço" de other Campos de Conhecimento, um sabre: a Justiça ea psiquiatria (UO Neurociências). Faça Ponto de Vista da SUA Difusão NO BRASIL, DESDE Seu inicio uma Psicanálise Esteve intimamente relacionada Médico sabre AO. ASSIM COMO uma Psicologia Chegou Antes AO PAIS do Psicólogo (a Profissão de Psicólogo Só passará a Existir los 1962, uma Partir da lei N. ° 4,119, de 27 de agosto de 1962, dispõe sobre Que OS Cursos de Formação em Psicologia e regulamenta a Profissão), como os antes Ideias Psicanalítica chegaram fazer psicanalista. Na Bahia, no Rio de Janeiro e São Paulo los, alguns Médicos traduzem algumas ideias freudianas e como colocam nd nascente Prática Académica do ensino da psiquiatria (VALE, 2003).
Em Que pese UMA inicial rejeição das ideias freudianas, rejeição Que, aliás, parece Nascer e acompanhar a Psicanálise los TODO Seu Percurso e existencia, o logotipo de uma Psiquiatria toma uma Psicanálise Como hum campo de sabre Que PODE legitimar SUA Prática, ATE O Momento considerada UMA Construção medicina nd marginal, posto Que Nao apresentava hum Substrato Anatômico parágrafo SUAS assertivas. DESDE Morel e other Grandes expoentes da psiquiatria, sobretudo nd França, encontramos o debate Entre OS organicistas E Os psiquiatras Que defendem o Chamado "Tratamento moral" (BIRMAN, 1978). QUALQUÉR De maneira, não Caso brasileiro e de other paises, uma psiquiatria Vê rapidamente nd Psicanálise UMA possibilidade de legitimação de SUA Razão de Ser, ISSO ATÉ O Advento das Correntes neurocientíficas radicais. Sas Segmentos, E Preciso livrar-se da Psicanálise, considerada ágora hum punhado de Ideias romanticas Descartáveis ilegítimas e. A Psicanálise: muito do Além da "normalidade" Na MESMA VELOCIDADE, COMECA uma Difusão das ideias Psicanalítica Entre OS Meios intelectuais ea População em Geral. A Perspectiva psicanalítica, parágrafo Ser absorvida Pela COMUNIDADE local, necessitaria de alguns ajustes, Taís COMO SUA FORMAÇÃO condicionar um Colonização Pelô Formato de hum freudismo norte-americano: o pragmatismo ea ênfase não ue estrados de e NAS fazer Desenvolvimento da libido. Do Além desse Destaque da Perspectiva "evolucionista" fazer Pensamento freudiano, uma Psicanálise nn ESTADOS UNIDOS also precisava de ajustes AO Modelo hipotético dedutivo, tipico das Ciências Naturais e Muito forte nd Cultura americana. ASSIM, em Geral testemunhamos NAS CONSTRUÇÕES teóricas deste continente hum Certo descrédito à pulsão de Morte, uma tradução dos TERMOS da Segunda Topica Para O LATIM, uma recusa da Primeira Topica, considerada superada, ea ênfase não ego. Como JÁ FOI amplamente foi por elas nn Meios psicanalíticos Brasileiros, ESSA tradução dos TERMOS latinos parágrafo eu, eu e supra-ISSO Traz Diferenças substanciais não Entendimento conceitual da Psicanálise, Tanto QUANTO o controverso "instinto", tradução inadequada Pará "Trieb" (pulsão).
tal Como Afirma Roudinesco: De maneira Geral, o freudismo norte-americano, EM TODAS SUAS como Tendências, privilegia o eu (ego), o auto- UO o individuo, EM detrimento fazer ISSO, faça Inconsciente e Efectue Sujeito. Por conseguinte, opõe à pretensa decadencia da Velha Europa UMA Ética Pragmática Do Homem, fundamentada nd noção de Profilaxia Social UO de Higiene mental. Dai uma generalização de UMA Psicanálise medicalizada e assemelhada à psiquiatria, EM Oposição a Velha Psicanálise vienense leiga, atormentada Pela Morte, Pelo autoaniquilamento e Pelo niilismo Terapêutico (ROUDINESCO, 1998, p. 170). conseguinte Por, o Freud difundido não eminentemente E Brasil evolucionista e adaptativo. Mas Como conciliar uma subversão freudiana com uma normatividade psiquiátrica da Epoca? Como subsumir a virulência da ideia de Inconsciente à normatividade comportamental? Se a Psicanálise prescinde de hum Conceito de normalidade, Sendo ESTA, alias, UMA de SUAS Maiores qualidades parágrafo o Acervo das Ciências Que tratam Do Homem, Como alinhá-la a hum campo de Conhecimento eminentemente normativo? Hum hum campo com a Conceito, parágrafo NAO sermos redundantes, de "normalidade" muito Bem constituído? Aqui, Leia-se, normalidade Estatística. E normal o Comportamento estatisticamente prevalente los hum Grupo social, Sendo o Que Nao se "adapta" considerado "Desvio" (DALGALLARRONDO, 2008). Em Que pese a sugestão los Três Ensaios parágrafo UMA Teoria da Sexualidade de uma genitalidade Que E um jornal Última Finalidade fazer Desenvolvimento da libido, nao encontramos nenhum Conjunto da obra freudiana UMA normatividade, um Conceito sobre "o normal".
Na Própria Construção dos Três Ensaios ESTA colocada uma naturalidade NAO fazer Objeto de Satisfação da pulsão, Bem Como um NAO naturalidade da Própria pulsão. Da MESMA forma, ESSA POSIÇÃO Teórica Ficara ainda Mais Clara los Pulsões e DESTINOS da pulsão :
O Objeto da pulsão E Aquilo Que los, OU POR Meio de Que, uma pulsão PODE alcançar meta SUA. E o elemento Elemento Mais Variável da pulsão e NAO ESTA originariamente vinculado a. ELA, Sendo-LHE apenas acrescentada los Razão de Aptidão SUA parágrafo propiciar uma Satisfação Em rigor, Nao E Preciso Ser hum Outro Objeto Externo, PODE Muito Bem Ser UMA Parte de Nosso Próprio Corpo. Ao Longo dos Diversos DESTINOS Qué um conhecerá pulsão, o Objeto poderá Ser substituído POR intermináveis other Objetos, ea ESSE Movimento de deslocamento da pulsão caberão OS Mais Papéis significativos. (FREUD, 1915/1976, p 137).
Logo, Como Ser uma genitalidade o Fim Último da pulsão e SUA Organização última PODE Ser Bastante especial e NAO prescritiva. Em Tres Ensaios ... HÁ UMA Tendência Sugerir um Que a genitalidade E um "Ultima fase", mas o Artigo supracitado desconstrói a ideia de Primado genital Exclusivo, Sendo Possível, POIs, compreender uma pulsão com UMA Abordagem Nao desenvolvimentista. Alguns
Segmentos, Como o lacanismo, preferem uma Trajetória do Nascimento Desejo de e fazer d bis FALTA AO INVES libido d bis estrados de e SUAS. Mas, de maneira QUALQUÉR, uma clara definição de um respeito dessa Questão ainda NAO E consensus Entre OS psicanalistas. N CASOS um Que Freud se dedicou, POR Exemplo, um sobre Falar um homossexualidade, nao coloca uma Como hum Desvio UO Problema, mas UMA "parada"
não Desenvolvimento da libido, rejeitando UMA DISTANCIA Possível Objetiva Entre Condutas balizas "Normais" OU "anormais ". Segundo Ferraz (2002), Freud declaração: "Nao conhecemos OS Limites da Vida sexual normal e Que, portanto, nao deveríamos nn referir com indignação como perversões balizas". Um AO defensor o Direito dos homossexuais, a Afirma: "enguias São vitimas da moral sexual Corrente, Que impõe um de Todos os mesmos Padrões, SEM considerar como SUAS Diferentes constituições", Que uma Abordagem freudiana concebe à Formação das balizas e orientações da subjetividade Como contingentes Nao e Naturais. Foucault (1984) Traz UMA Visão Crítica Histórica à vinculação fazer com Tema Sexualidade como noções de Desvio e anormalidade mental, nd Falando Tratou repressiva AO AFIRMAR Que uma DISCUSSÃO sobre sexo DESDE O Século XVIII nd Verdade SERVIU parágrafo legitimar saberes e aindainsipientes pouco reconhecidos Como OS da Sexología e da psiquiatria, principalmente comparando-os a outras áreas Médicas da Época. "Não terreno da medicina, FOI uma psiquiatria Que Veio uma abarcar a Ciência fazer sexual, Passando como" aberrações balizas "um Serém vistas Como Variações da alienação mental" (FERRAZ, 2002, p.12). Com ISSO, como Correntes americanas e inglesas, sem intuito de UMA legitimação de saberes parágrafo hum Pleno Exercício de Poderes, incluem como Diferenças, primeiramente Aqui como balizas, parágrafo DEPOIS se estender a inúmeros other Tipos comportamentais, Na Categoria de Desvio, perversão (ROUDINESCO , 2003), alienação e / or Doença mental, reforçando intervenções CADA Vez Mais repressivas e punitivas tomadas ágora NA SUA execução Pela Esfera Estatal e Jurídica.
Transgressão, crime ea violação da norma Uma Questão Que se Trata de refletir Aqui É O Tema da transgressão los Psicanálise e Como ESTA PODE, soluço determinados regimes discursivos, se tornar, AO INVES de SUBVERSIVA, um Operador conceitual Que destrói a possibilidade da transgressão, Que NAO E necessariamente da Ordem da violação da lei OU fazer Exercício fazer mal. Ou SEJA, uma Psicanálise E, EM SUA gênese, transgressora da norma e NAO uma Guardia asséptica de UMA moral vigente OU UMA normatividade de QUALQUÉR Natureza, SEJA Jurídica e / or Científica.
Pensemos Caso não crimes de alguns, QUANDO frequentemente uma Psicanálise E requisitada pelos Meios de Comunicação de Massa a fornecer Explicações sobre como motivações desses "desvios" considerados POR Estes mesmos formadores de Opinião Como "Bárbaros", "horríveis", "perversos", etc ., Bem Como OS sujeitos supostamente criminosos categorizados Como "Monstros", "psicopatas", "animais", "Delinquentes", e Mais UMA Série de adjetivos pejorativos e degradantes Usados com o intuito de trazer dramaticidade e espetacularização Mais AO Cenário teatral apresentado. Sas CASOS, frequentemente observamos JÁ hum Primeiro equívoco NAS concepções teóricas, as políticas de e éticas do Saber psicanalítico, proporcionado QUEM POR SE define Como Seu Representante: o de julgar-se Capaz de Falar (analisar) sobre hum Discurso Que Nao se escutou, não CaSO fazer Produzido Pelo Sujeito "acusado".
PODEMOS Como, nd condição de (re) Produtores de hum Conhecimento Que se busca no legítimo ACERCA DO Humano, Falar sobre hum Caso a Partir de Notas de Jornais, OU fragmentos de entrevistas televisivas? Vemos, com algum choque, SEM Dúvida, Considerações minuciosas desses Representantes de hum sabre "inquestionável" ("os Especialistas", Como São tratados POR sos Meios) sobre como Estruturas Clínicas, levantamentos hipotéticos sobre a infância OS sujeitos los Causa, Bem Como, Nao raro, inferências deterministas sobre o Que levou o Sujeito AQUELE Comportamento Dito desviante. Nessas associações, discursivas, identificamos hum forte predominio fazer tratar da Questão criminoso simplificadamente, reduzindo SUA Dimensão complexa e sociais, Além de sustentar UMA Concepção de Sujeito Totalmente individualista, determinista e egocentrado, tal Como o São OS Fundamentos das Ciências Naturais Modernas.
Como RELAÇÕES da Psicanálise com a criminologia ea Justiça, DESDE Seu inicio estao colocadas sem Texto A Psicanálise ea determinação dos Fatos los processes JURIDICOS (1906/1976) los Que Freud Claro E: os alcances d bis Psicanálise voltados Nao estao Pará a Constituição de culpa ( não fazer Jurídico SENTIDO crime) Ou de castigo, Este Último referido à Modalidade de punição, Extensão e capacidade de Remissão fazer ato criminoso UO criminoso. Logo, o FICA inerente à Leitura dos Fatos Que se apresentam Tão corriqueiramente na Mídia, Onde psicanalistas, POR Vezes expoentes de Entidades de Formação, se apressam los fornecer Explicações sobre crimes e, com uma Rapidez MESMA, articular OS Conceitos de transgressão e crime. Ora, uma transgressão, Assim Como a agressividade, Nao São atos por si UO perversos criminosos, Ja Que "o perverso NAO UMA porta aberração ausente nn Humanos other Seres, Mas Que elementos Simplesmente Atua Aquilo Que se Encontra, de forma latente e potencial, TODAS los como Pessoas "(FERRAZ, 2002, p.21). do Além disso, o Próprio Conceito de crime relativo e No Espaço e no Tempo, POR UMA Ser Construção cultural e NAO natural, ea Civilização, par uma Psicanálise, ê constituída sobre o parricídio EO incesto, logo, um freudiana Criança, não Totem e Tabu Texto (1913/1976), E necessariamente los TERMOS desejantes parricida e incestuosa. PODE-SE arguir Que essas Tendências São recalcadas, Nao Sendo, portanto, muitas Vezes levadas AO ATO. Porem do Ponto de Vista da ontologia e da Perspectiva da Realidade psíquica, construídas POR Freud, ISSO E irrelevante.
Outra cara da Moeda E Pensar Que, Uma Vez Que a Psicanálise Nao se propõe a julgar, o Que É de Fato atribuição fazer juiz, ELA Deverià advogar UMA Perspectiva "abolicionista" da pena UO da responsabilização penal. Ou SEJA, Buscar Que o Sujeito se responsabilize Pelo Que elementos E, hum Ser faltante, incompleto, paradoxal, fazer qua nenhum Sistema penal Que funcione de forma rigida hierarquicamente uma Partir de Códigos objetiváveis UO tempos cronológicos poderá dar Conta, POR ISSO SEJA Mais Que Constante e ilusoriamente prometido com a Corrente e ilusória Expressão "Estado Democrático de Direito".
Nas contribuições de alguns pesquisadores de Orientação Lacaniana, encontramos UMA POSIÇÃO Bastante Interessante sobre ESSE Tema, qua nd ê colocado Que crime o E UMA UMA Busca de obra. Obra Leia-se Como UMA Fundação de Inscrição social, anseio DE TODO Sujeito (MELLO, 1990). Em Princípio, todo Sujeito não Âmbito da Neurose, fazer Ponto de Vista psicanalítico e, Neste Caso, a Escola irrelevante Teórica E, ambiciona Ser uma Partir de SUA Inscrição subjetiva com o Outro. O Ser falante visto de hum Lugar nd pólis , Como FICA Claro nd Adolescência com uma ruptura fazer laço social, com OS pais, tribos UO equivalentes, Buscando-se Uma Nova Modalidade de ser. Logo, nao e Papel da Psicanálise se colocar Como AQUELE Que absolver UO condena o criminoso. MESMO nn Casos de psicose QUANDO muitas Vezes ocorre hum crime violento, necessaria e A Construção de UMA responsabilização, mas a Neste Caso a responsabilização penal PODE Ser o advir do Sujeito fazer Desejo.
Se Nao Como o super-Herói, Como o Pior dos criminosos. ESSA E a prerrogativa de Ser, de se destacar da função materna, faça Reino da SIMBIOSE, Que AO MESMO ritmo Nutre e asfixia, parágrafo Produzir-se nd Relação com o Outro constantemente. HA UMA imprevisibilidade naquilo Que o Sujeito Humano E Capaz de se Fazer, SEJA ATRAVES de atos, Pensamentos, Emoções, Sentimentos, Desejos, fantasias, etc ISSO UMA Traz Inevitável Variabilidade Entre OS atos criminais Tipicamente E Os Modos de Ser Humano (HOENISCH, 2002). E Relevante lembrar Que OS Modos veado Mais Tipicamente neuróticos estao Tao um Mercê fazer UO crime da violação da lei QUANTO OS Tipicamente perversos UO psicóticos, JA NAO HÁ Que Dispositivo da Relação de Causa-Efeito, Muito Menos de correlação Estatística, Entre o crime cometido Personalidade ea fazer o Sujeito Que supostamente cometeu. Crimes violentos PODEM servi psicóticos categorizados Como, mas o ato psicótico NAO implicações necessariamente o funcionamento psicótico, Nem vice-versa. Pensando-se ASSIM, Mais complexa ainda se Torna a Tarefa de Construir QUALQUÉR Diagnóstico, SE ASSIM Fosse o Caso.
Dentre como torções teóricas Que a Psicanálise, atraves de SEUS ditos Representantes OU "Especialistas", necessitou parágrafo Ser ACEITA nenhum campo da criminologia, como DISCUSSÕES ACERCA das avaliações, a Diagnósticos e prognósticos Semper mostram Ser como problemáticas Mais obscuras e. Alguns Profissionais, referindo-se utilizar da Psicanálise, afirmam Ser capazes de "medir" os Impulsos agressivos e Prever uma reincidência fazer crime. Nao parece nn Claro Como ISSO séria Possível, tendão los vista Que um Própria psiquiatria NAO E UMA Ciência Exata, de Certeza Estatística. MESMO Que o fossa, como Ciências Naturais nn falariam de forte Tendência, mas Nunca certezas absolutas de, comeu porqué, AO tratarmos politicamente das Ciências, ESTAMOS Falando da necessaria impossibilidade de Existir não Seu escopo hum sabre totalitário e Completo, Ja Que se tornaria ditatorial , Barbaro de e Destruidor d bis alteridade AO Acreditar
Que ocupa ESTE LUGAR perante ósmio other Saberes Poderes e.
Se ESTA Reflexão CABE sobre uma Perspectiva transgressora da Psicanálise parágrafo analisarmos Brevemente Seu Lugar Junto crime ao, uma MESMA POSIÇÃO nn servirá parágrafo Pensar uma POSIÇÃO das psicanálises Diante fazer Avanço das Neurociências.
Freud Entre um e bruxaria como Neurociências Diante fazer debate CADA Vez Mais Contemporâneo Entre um e Psicanálise como Neurociências, Que Lugar ocupar? Defender uma doutrina freudiana Como Campo Independente e Ser considerado ortodoxo UO obscurantista? Defender a União da Psicanálise com como Neurociências, Ja Que alguns Experimentos destas serviriam parágrafo evidenciar - Novamente o ideal cientificista hipotético dedutivo-- Que a Psicanálise "Funciona?" Ambas as posições apresentam SEUS Riscos e Novamente ESTAMOS DO Diante Tema de Como garantir, Tanto QUANTO SEJA Possível, a Transmissão da Psicanálise EO Seu Relevante Papel social. Que Lugar tera uma Invenção freudiana Num Mundo bioquímico, Tomado POR Terapias supostamente Mais eficazes, Que adicionadas AOS psicofármacos seriam pretensamente capazes de abolir o mal-Estar da Civilização? O Que PODE uma Psicanálise, Como Invenção Humana e com Finalidade, grosseiramente Falando, de retificação subjetiva, de propor outra forma de gozo, de lidar com o sintoma e com uma incompletude? E, POR FIM, Como sustentar SUAS Idéias densas Diante de UMA Sociedade nd Qual o Conhecimento cede Lugar à information Instantânea e efêmera? Aqui caberia UMA Reflexão sobre a Diferença Entre Formação e Informação.
A Formação Analítica E Feita Caso a Caso. Trata-se de UMA Questão Altamente afastada fazer Modelo universitário Contemporâneo: informar. A Sociedade parece atravessar hum PERÍODO de ruptura do Conhecimento, Sendo Este ágora Trocado Pela Informação. Nao si Elementos Trata Similares DE. Parece Prudente Pensar Que Nao è Possível responder a questões complexas de maneira Tão Rapida. Nosso tempo Atual, um Chamada "modernidade tardia" OU Simplesmente "Contemporânea", apresenta Uma Nova Revolução los andamento Que colocam uma "velha senhora", Como UMA Vez denominou Freud a Psicanálise, in xeque. Segundo Rouanet (2002), testemunhamos hum re-encantamento do Mundo, POIs assistimos uma paradoxos Que geram alta perplexidade: de hum Lado, o afloramento de seitas fundamentalistas, Encontros de bruxas, duendes e fadas, o Conceito de "loucura" e Doença mental, Novamente tomados Como possessão Espiritual, tal Como nd Idade Media; de Outro, uma mistificação exagerada de alguns Segmentos das Neurociências, advogando o Fim da Psicanálise, de QUALQUÉR psicoterapia NAO diretiva, POIs ágora OS fármacos ea Genética explicarão de Todos os machos. Em outras Palavras, de hum Lado o obscurantismo, fazer Outro UMA suposta e hum Tanto Ingenua Revolução Científica, Que ambiciona responder a TODAS as fendas da condição Humana Pela via dos neurotransmissores e
Equilíbrio neuroquímico. Tanto UMA POSIÇÃO QUANTO outra nn parecem cegas A Razão, Tomada Aqui não SENTIDO posto Pelo iluminismo: capacidade de refletir sobre Humana si MESMA de maneira secular (ROUANET, 1993). E Verdade Que a Psicanálise Como campo de Conhecimento NAO E Tributária da Razão. Prática Clínica Suá nn revelação Que o Eu NAO E senhor los SUA casa propria e Que Nao E Possível uma emancipação atraves das Luzes da Razão. A Psicanálise Suspeita da Razão.
Mas NEM POR ISSO Pesquisa ea Prática de um psicanalítica São irracionais, Caso contrario NAO necessitaríamos dos
criterios Que sustentam a doutrina psicanalítica e Que diferenciam como abusivas Praticas equivocadas E fazer Exercício Sério da clínica. Porem, o Que É O fio determinante da Prática Analítica, dada a Diversidade de Escolas e Formas de Pensamento no Campo sabre deste? A Ética. A Questão da Ética los Psicanálise Trata-se de UMA Temática árdua fazer Ponto de Vista intelectual. De TRADUÇÃO com Ocariz (2003), sustentada NA DISCUSSÃO proposal POR Lacan, Nao se trataria da Ética ligada à moral da religião, NEM UMA de Ética relacionada AO Que UMA Sociedade define, uma Partir de SUA maioria, Como adequada. Aqui, Trata-se de fazer UMA Ética Sujeito, in Que o Que estabelece hum Limite Entre como RELAÇÕES E o Que se define Como Uma "Ética fazer Privado", se ASSIM SE PODE DiZer, EM QUE O LIMITE não Desejo fazer o Sujeito E Desejo fazer Outro. Enfim, Trata-se de Leitura NAO UMA moralista das Condutas, mas da proposição de Que existe UM LIMITE AO dado Sujeito e ESSE LIMITE PT da Ordem do respeito de um UMA Modalidade de laço social, Que permita subordinar uma pulsão de Morte e manter um los Vida Sociedade com Principios de Liberdade de Convivência e Diferenças. Sendo ASSIM, Trata-se de responsabilizar-se uma Ética Pelo Desejo e SUAS consequencias, afastando-se, peremptoriamente, de UMA POSIÇÃO narcisista
Primária. Trata-se da Ética de hum LIMITE, E Que a Barra do gozo, Que não FIM das Contas E o Fundamento da Civilização, sem, não entanto, sor Tomada Como UMA Imposta moral. Como afirmado FOI, uma Questão concernente à Ética e à Psicanálise complexa E, se afasta da Bastante Ética da Filosofia e das DISCUSSÕES Que tomam uma etica eA equivalentes Como morais. O Que E Interessante destacar E necessaria uma POSIÇÃO NAO moralista e universalista POR Parte de QUEM exerce o oficio de Analista não Âmbito penal (somente Nele?), Tendão los Vista Que essas posições NAO Só se afastam da Psicanálise, mas also contribuem par a estigmatização Sujeito fazer infrator e contribuem par de uma fantasia Que crime o, uma Violência ea Criminalidade Nao São efeitos dos ordenamentos e Discursos Que Regém CADA Conjunto social. Uma busca no POR ESSA proposal de Ética E UMA das respostas possíveis Tanto par tentar estabelecer o Que legítimo E Que fazer NAO E, Como parágrafo constituir o aceitável, o Humano e não razoável sociais laço. Nessa Perspectiva, ainda Nao sabemos, Como Agentes da Prática Psicanalítica, Onde ESTA DEVE Estar Diante destes sintomas Contemporâneos. Mas sabemos Onde ELA NAO DEVE ESTAR, soluço o Risco de Perder SUA Ética Que LHE Própria E: NEM fazer Lado fazer misticismo, Nem dos Discursos totalitários. A Psicanálise, Como ELA MESMA UMA Ética, also TEM UMA Finalidade Terapêutica (SE ASSIM NAO para, NAO HÁ Razão parágrafo SUA existencia) e, consequentemente, Política. Devera ELA ceder como Novas Políticas hegemônicas de Mercado? Render-se à convocatória de Mais Eficiência, de maïs abrangência, de Pressa de "cura"? Ou se colocará Como problematizadora da Própria Cultura Que um? CRIOU ea convoca, incessantemente, uma Escutar o Que ha de desestabilização selvagem Própria Cultura Essas respostas devem Ser construídas Pela Própria Psicanálise e SEUS Representantes, Dentro de hum Diálogo interdisciplinar Crítico e NAO dogmático.
Referencias
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Nao se tratava de UMA Escuta Fácil de Ser construida, a Visto Que uma empreitada freudiana custaria Muito caro um inventor SEU. E Interessante utilizar o Termo "Invenção" e Não "Descoberta" para NAO Alimentar a ideia de tratar-se de hum Fato natural, Que JÁ estaria Lá, neutra e imparcial ea Tarefa fazer Pesquisador / Analista séria desvendar SUA Verdade implícita. Nao se Aqui Trata disso, EM QUE pese o Desejo inicial de Freud de uma Psicanálise Que Fosse UMA Ciência natural (Palombini, 1995). Tomamos o Inconsciente Como Produção discursiva Que instaura o laço social, Semper cambiante e produto / do Produtor Sujeito fazer Desejo, o tendão Pesquisador / Analista de implicada e complicada Tarefa de questionar como certezas e problematizar Verdades e saberes totalitários. Ou SEJA, Nessa Perspectiva, "o Inconsciente NAO E UMA Realidade psíquica Que CADA UM Carrega, Como se Fosse UMA Propriedade da alma, oculta, ignorada, Que se desvela, revelação, Descobre" (BUENO, 2002, p.30), porem SE FAZ uma Partir da Lógica fazer Discurso, "Uma Lógica necessariamente paradoxal, Ja Que É O MESMO Que produz Sujeito A Verdade Que acredita Descobrir" (JERUSALINSK, 2007, p.136), POIs elementos QUEM E um Inventa nd Relação com o Outro .
Decorridos Mais de hum Século da Construção de SUA Clínica e dedicados Estudos epistemológicos (JAPIASSU, 1998), o Estatuto Científico da Psicanálise Nao se atem AO Modelo das Ciências Naturais, das Ciências Humanas NEM, Divisão Clássica das Ciências factuais. Seu Estatuto epistemológico se alinha a Ciência, Como coloca Lacan em "A Ciência ea Verdade" (LACAN, 1998), POIs AO Lado da religião OU NAO PODE da magia Estar, calcâneo in Vista OS dogmatismos de e Profissão de Fé inerente saberes um sos. ASSIM, uma Invenção da Psicanálise: (...) TEVE Duas Grandes consequencias no Campo do Saber. A Primeira FOI o reconhecimento de Que O Corpo de verdade dos Humanos E POR UMA regido Ordem simbólica Que desdobra sobre Este Corpo efeitos imaginários; UMA Ordem Que prevalece sobre OS Automatismos neurovegetativos. Na Medida los Que se verificação Que uma condição Humana Depende desse Corpo de Que OS enunciados Que o simbolizam mantenham SUA efficacy, uma anatomia ea fisiologia perdem SUA exclusividade não fazer Reino patológico. IstoÉ muda uma Leitura dos sofrimentos e estabelece OS Principios de Uma Nova clínica. A Segunda Que, é, embora constitua NAO Uma Nova Epistemologia (faltaria parágrafo ISSO ter um Que Fé, não Método, a Ciência Contemporânea TEM), certamente produz Uma Nova episteme, OU SEJA, um novo Ponto de partida par a Abertura de Caminhos do Saber (JERUSALINSK;. Mezan, 2007 p 136). ESSE E preâmbulo ilustrativo das questões da transgressão los Psicanálise e das nuances Que ESSE campo sabre de assumir nd era Pós-Freud. PODE-SE considerar Que o campo psicanalítico Contemporâneo se estabelece los Torno de Três grandes "Escolas": inglesa, francesa e americana. CADA UMA Delas Tomou uma obra freudiana uma Partir de UMA Linha de raciocínio, Construindo UMA exegese particulares, da qua resultam posições teóricas Diferentes MUITO. inclusiva Ao estudarmos a História da Difusão da Psicanálise, como infelizes posições da Psicanálise nd Alemanha nazista OU NA presence de torturadores los Entidades de Formação, Como FOI o Caso no Brasil (VALE, 2003), vemos Que HÁ UMA Tendência de Buscar manter uma "doutrina" Viva a clien QUALQUÉR. De maneira Geral, HA UMA Presença de hum Discurso voltado para à Manutenção do Saber psicanalítico Como legítimo UO puro indelevelmente.
ESSA POSIÇÃO, Além de muitas Vezes OS ferir estatutos das prerrogativas dos Direitos Humanos, poe um nu Que a Psicanálise NAO E UM sabre doutrinal advindo da Esfera Celeste, mas justamente o contrario, vindo dos e indo parágrafo OS Seres Humanos, advindo o ritmo de tarefas dos Confrontos de Idéias E DISCUSSÕES Ético-policies Entre enguias. DiZer ISSO NAO SE, comunique como criticas Que se FAZ da POSIÇÃO DO Analista Como Sujeito Político nd Prática Clínica. Na Lógica psicanalítica, o Analista somente existe enquanto Sujeito nd suposição de hum sabre Que FAZ semblante, Que empresta Seu Corpo, SUA Imagem e Seu Inconsciente parágrafo Que complexas Operações entrem em Movimento e "abram o Jogo de xadrez". Certamente Nao è Possível Que ESSA Operação Espelho de absoluta SEJA POR ISSO e justamente temos um Supervisão, uma Análise Pessoal ea compreensão da "Transferencia recíproca" como Instrumento de compreensão dos afetos Que se não acionam Analista EO fazem Sentir UO "atuar" esses afetos. Logo, nao se Trata de colocar Aqui o Que isento Analista E, mas lembrar Que o Analista Nao se coloca Como Sujeito los virtude de uma Prática da Clínica Psicanalítica Nao Ser hum laço social, QUALQUÉR, mas justamente hum laço social, inventado, Nunca Antes Visto nd História Humana. Note-se Que also ESSA POSIÇÃO E Relativa AO marco epistemológico AO qua nn alinhamos, tendão los Vista Que, Na contemporaneidade, alguns Segmentos da Psicanálise advogam a ideia de Que o Analista DEVE Ser reconhecido Como Pessoa.
Não parece concordar com Possível ESSA premissa, Haja vista Que o Papel do Analista E o do Espelho, Tanto nd Situação da Análise QUANTO da Sociedade Que se propõe Pôr los Análise: refletir a Imagem Própria que recalcado e observar o Que resultará disso, podendo resultar los nada, inclusive. E Relevante destacar Que existem situations los Que a Psicanálise se cala OU CASOS nn cais Quais d'Orsay ELA NAO Simplesmente ocorre, e NAO HÁ nada de Errado com a Teoria. Se a Psicanálise ESTA parágrafo a Ciência, a Ciência ESTA Pará como Verdades Provisórias, Pará Dúvidas e Pará Um falibilidade. Infalível e NAO criticável São Dois TERMOS Que excluem do Campo de Conhecimento Científico QUALQUÉR Assertiva sabre de.
Diante dessas Considerações, JA PODEMOS entao presumir Que a Psicanálise NAO E UMA , QUE NAO TAO Simples e nomear-se psicanalista e Mais complexa ainda se Torna a Questão QUANDO pensamos nd Psicanálise um "Serviço" de other Campos de Conhecimento, um sabre: a Justiça ea psiquiatria (UO Neurociências). Faça Ponto de Vista da SUA Difusão NO BRASIL, DESDE Seu inicio uma Psicanálise Esteve intimamente relacionada Médico sabre AO. ASSIM COMO uma Psicologia Chegou Antes AO PAIS do Psicólogo (a Profissão de Psicólogo Só passará a Existir los 1962, uma Partir da lei N. ° 4,119, de 27 de agosto de 1962, dispõe sobre Que OS Cursos de Formação em Psicologia e regulamenta a Profissão), como os antes Ideias Psicanalítica chegaram fazer psicanalista. Na Bahia, no Rio de Janeiro e São Paulo los, alguns Médicos traduzem algumas ideias freudianas e como colocam nd nascente Prática Académica do ensino da psiquiatria (VALE, 2003).
Em Que pese UMA inicial rejeição das ideias freudianas, rejeição Que, aliás, parece Nascer e acompanhar a Psicanálise los TODO Seu Percurso e existencia, o logotipo de uma Psiquiatria toma uma Psicanálise Como hum campo de sabre Que PODE legitimar SUA Prática, ATE O Momento considerada UMA Construção medicina nd marginal, posto Que Nao apresentava hum Substrato Anatômico parágrafo SUAS assertivas. DESDE Morel e other Grandes expoentes da psiquiatria, sobretudo nd França, encontramos o debate Entre OS organicistas E Os psiquiatras Que defendem o Chamado "Tratamento moral" (BIRMAN, 1978). QUALQUÉR De maneira, não Caso brasileiro e de other paises, uma psiquiatria Vê rapidamente nd Psicanálise UMA possibilidade de legitimação de SUA Razão de Ser, ISSO ATÉ O Advento das Correntes neurocientíficas radicais. Sas Segmentos, E Preciso livrar-se da Psicanálise, considerada ágora hum punhado de Ideias romanticas Descartáveis ilegítimas e. A Psicanálise: muito do Além da "normalidade" Na MESMA VELOCIDADE, COMECA uma Difusão das ideias Psicanalítica Entre OS Meios intelectuais ea População em Geral. A Perspectiva psicanalítica, parágrafo Ser absorvida Pela COMUNIDADE local, necessitaria de alguns ajustes, Taís COMO SUA FORMAÇÃO condicionar um Colonização Pelô Formato de hum freudismo norte-americano: o pragmatismo ea ênfase não ue estrados de e NAS fazer Desenvolvimento da libido. Do Além desse Destaque da Perspectiva "evolucionista" fazer Pensamento freudiano, uma Psicanálise nn ESTADOS UNIDOS also precisava de ajustes AO Modelo hipotético dedutivo, tipico das Ciências Naturais e Muito forte nd Cultura americana. ASSIM, em Geral testemunhamos NAS CONSTRUÇÕES teóricas deste continente hum Certo descrédito à pulsão de Morte, uma tradução dos TERMOS da Segunda Topica Para O LATIM, uma recusa da Primeira Topica, considerada superada, ea ênfase não ego. Como JÁ FOI amplamente foi por elas nn Meios psicanalíticos Brasileiros, ESSA tradução dos TERMOS latinos parágrafo eu, eu e supra-ISSO Traz Diferenças substanciais não Entendimento conceitual da Psicanálise, Tanto QUANTO o controverso "instinto", tradução inadequada Pará "Trieb" (pulsão).
tal Como Afirma Roudinesco: De maneira Geral, o freudismo norte-americano, EM TODAS SUAS como Tendências, privilegia o eu (ego), o auto- UO o individuo, EM detrimento fazer ISSO, faça Inconsciente e Efectue Sujeito. Por conseguinte, opõe à pretensa decadencia da Velha Europa UMA Ética Pragmática Do Homem, fundamentada nd noção de Profilaxia Social UO de Higiene mental. Dai uma generalização de UMA Psicanálise medicalizada e assemelhada à psiquiatria, EM Oposição a Velha Psicanálise vienense leiga, atormentada Pela Morte, Pelo autoaniquilamento e Pelo niilismo Terapêutico (ROUDINESCO, 1998, p. 170). conseguinte Por, o Freud difundido não eminentemente E Brasil evolucionista e adaptativo. Mas Como conciliar uma subversão freudiana com uma normatividade psiquiátrica da Epoca? Como subsumir a virulência da ideia de Inconsciente à normatividade comportamental? Se a Psicanálise prescinde de hum Conceito de normalidade, Sendo ESTA, alias, UMA de SUAS Maiores qualidades parágrafo o Acervo das Ciências Que tratam Do Homem, Como alinhá-la a hum campo de Conhecimento eminentemente normativo? Hum hum campo com a Conceito, parágrafo NAO sermos redundantes, de "normalidade" muito Bem constituído? Aqui, Leia-se, normalidade Estatística. E normal o Comportamento estatisticamente prevalente los hum Grupo social, Sendo o Que Nao se "adapta" considerado "Desvio" (DALGALLARRONDO, 2008). Em Que pese a sugestão los Três Ensaios parágrafo UMA Teoria da Sexualidade de uma genitalidade Que E um jornal Última Finalidade fazer Desenvolvimento da libido, nao encontramos nenhum Conjunto da obra freudiana UMA normatividade, um Conceito sobre "o normal".
Na Própria Construção dos Três Ensaios ESTA colocada uma naturalidade NAO fazer Objeto de Satisfação da pulsão, Bem Como um NAO naturalidade da Própria pulsão. Da MESMA forma, ESSA POSIÇÃO Teórica Ficara ainda Mais Clara los Pulsões e DESTINOS da pulsão :
O Objeto da pulsão E Aquilo Que los, OU POR Meio de Que, uma pulsão PODE alcançar meta SUA. E o elemento Elemento Mais Variável da pulsão e NAO ESTA originariamente vinculado a. ELA, Sendo-LHE apenas acrescentada los Razão de Aptidão SUA parágrafo propiciar uma Satisfação Em rigor, Nao E Preciso Ser hum Outro Objeto Externo, PODE Muito Bem Ser UMA Parte de Nosso Próprio Corpo. Ao Longo dos Diversos DESTINOS Qué um conhecerá pulsão, o Objeto poderá Ser substituído POR intermináveis other Objetos, ea ESSE Movimento de deslocamento da pulsão caberão OS Mais Papéis significativos. (FREUD, 1915/1976, p 137).
Logo, Como Ser uma genitalidade o Fim Último da pulsão e SUA Organização última PODE Ser Bastante especial e NAO prescritiva. Em Tres Ensaios ... HÁ UMA Tendência Sugerir um Que a genitalidade E um "Ultima fase", mas o Artigo supracitado desconstrói a ideia de Primado genital Exclusivo, Sendo Possível, POIs, compreender uma pulsão com UMA Abordagem Nao desenvolvimentista. Alguns
Segmentos, Como o lacanismo, preferem uma Trajetória do Nascimento Desejo de e fazer d bis FALTA AO INVES libido d bis estrados de e SUAS. Mas, de maneira QUALQUÉR, uma clara definição de um respeito dessa Questão ainda NAO E consensus Entre OS psicanalistas. N CASOS um Que Freud se dedicou, POR Exemplo, um sobre Falar um homossexualidade, nao coloca uma Como hum Desvio UO Problema, mas UMA "parada"
não Desenvolvimento da libido, rejeitando UMA DISTANCIA Possível Objetiva Entre Condutas balizas "Normais" OU "anormais ". Segundo Ferraz (2002), Freud declaração: "Nao conhecemos OS Limites da Vida sexual normal e Que, portanto, nao deveríamos nn referir com indignação como perversões balizas". Um AO defensor o Direito dos homossexuais, a Afirma: "enguias São vitimas da moral sexual Corrente, Que impõe um de Todos os mesmos Padrões, SEM considerar como SUAS Diferentes constituições", Que uma Abordagem freudiana concebe à Formação das balizas e orientações da subjetividade Como contingentes Nao e Naturais. Foucault (1984) Traz UMA Visão Crítica Histórica à vinculação fazer com Tema Sexualidade como noções de Desvio e anormalidade mental, nd Falando Tratou repressiva AO AFIRMAR Que uma DISCUSSÃO sobre sexo DESDE O Século XVIII nd Verdade SERVIU parágrafo legitimar saberes e aindainsipientes pouco reconhecidos Como OS da Sexología e da psiquiatria, principalmente comparando-os a outras áreas Médicas da Época. "Não terreno da medicina, FOI uma psiquiatria Que Veio uma abarcar a Ciência fazer sexual, Passando como" aberrações balizas "um Serém vistas Como Variações da alienação mental" (FERRAZ, 2002, p.12). Com ISSO, como Correntes americanas e inglesas, sem intuito de UMA legitimação de saberes parágrafo hum Pleno Exercício de Poderes, incluem como Diferenças, primeiramente Aqui como balizas, parágrafo DEPOIS se estender a inúmeros other Tipos comportamentais, Na Categoria de Desvio, perversão (ROUDINESCO , 2003), alienação e / or Doença mental, reforçando intervenções CADA Vez Mais repressivas e punitivas tomadas ágora NA SUA execução Pela Esfera Estatal e Jurídica.
Transgressão, crime ea violação da norma Uma Questão Que se Trata de refletir Aqui É O Tema da transgressão los Psicanálise e Como ESTA PODE, soluço determinados regimes discursivos, se tornar, AO INVES de SUBVERSIVA, um Operador conceitual Que destrói a possibilidade da transgressão, Que NAO E necessariamente da Ordem da violação da lei OU fazer Exercício fazer mal. Ou SEJA, uma Psicanálise E, EM SUA gênese, transgressora da norma e NAO uma Guardia asséptica de UMA moral vigente OU UMA normatividade de QUALQUÉR Natureza, SEJA Jurídica e / or Científica.
Pensemos Caso não crimes de alguns, QUANDO frequentemente uma Psicanálise E requisitada pelos Meios de Comunicação de Massa a fornecer Explicações sobre como motivações desses "desvios" considerados POR Estes mesmos formadores de Opinião Como "Bárbaros", "horríveis", "perversos", etc ., Bem Como OS sujeitos supostamente criminosos categorizados Como "Monstros", "psicopatas", "animais", "Delinquentes", e Mais UMA Série de adjetivos pejorativos e degradantes Usados com o intuito de trazer dramaticidade e espetacularização Mais AO Cenário teatral apresentado. Sas CASOS, frequentemente observamos JÁ hum Primeiro equívoco NAS concepções teóricas, as políticas de e éticas do Saber psicanalítico, proporcionado QUEM POR SE define Como Seu Representante: o de julgar-se Capaz de Falar (analisar) sobre hum Discurso Que Nao se escutou, não CaSO fazer Produzido Pelo Sujeito "acusado".
PODEMOS Como, nd condição de (re) Produtores de hum Conhecimento Que se busca no legítimo ACERCA DO Humano, Falar sobre hum Caso a Partir de Notas de Jornais, OU fragmentos de entrevistas televisivas? Vemos, com algum choque, SEM Dúvida, Considerações minuciosas desses Representantes de hum sabre "inquestionável" ("os Especialistas", Como São tratados POR sos Meios) sobre como Estruturas Clínicas, levantamentos hipotéticos sobre a infância OS sujeitos los Causa, Bem Como, Nao raro, inferências deterministas sobre o Que levou o Sujeito AQUELE Comportamento Dito desviante. Nessas associações, discursivas, identificamos hum forte predominio fazer tratar da Questão criminoso simplificadamente, reduzindo SUA Dimensão complexa e sociais, Além de sustentar UMA Concepção de Sujeito Totalmente individualista, determinista e egocentrado, tal Como o São OS Fundamentos das Ciências Naturais Modernas.
Como RELAÇÕES da Psicanálise com a criminologia ea Justiça, DESDE Seu inicio estao colocadas sem Texto A Psicanálise ea determinação dos Fatos los processes JURIDICOS (1906/1976) los Que Freud Claro E: os alcances d bis Psicanálise voltados Nao estao Pará a Constituição de culpa ( não fazer Jurídico SENTIDO crime) Ou de castigo, Este Último referido à Modalidade de punição, Extensão e capacidade de Remissão fazer ato criminoso UO criminoso. Logo, o FICA inerente à Leitura dos Fatos Que se apresentam Tão corriqueiramente na Mídia, Onde psicanalistas, POR Vezes expoentes de Entidades de Formação, se apressam los fornecer Explicações sobre crimes e, com uma Rapidez MESMA, articular OS Conceitos de transgressão e crime. Ora, uma transgressão, Assim Como a agressividade, Nao São atos por si UO perversos criminosos, Ja Que "o perverso NAO UMA porta aberração ausente nn Humanos other Seres, Mas Que elementos Simplesmente Atua Aquilo Que se Encontra, de forma latente e potencial, TODAS los como Pessoas "(FERRAZ, 2002, p.21). do Além disso, o Próprio Conceito de crime relativo e No Espaço e no Tempo, POR UMA Ser Construção cultural e NAO natural, ea Civilização, par uma Psicanálise, ê constituída sobre o parricídio EO incesto, logo, um freudiana Criança, não Totem e Tabu Texto (1913/1976), E necessariamente los TERMOS desejantes parricida e incestuosa. PODE-SE arguir Que essas Tendências São recalcadas, Nao Sendo, portanto, muitas Vezes levadas AO ATO. Porem do Ponto de Vista da ontologia e da Perspectiva da Realidade psíquica, construídas POR Freud, ISSO E irrelevante.
Outra cara da Moeda E Pensar Que, Uma Vez Que a Psicanálise Nao se propõe a julgar, o Que É de Fato atribuição fazer juiz, ELA Deverià advogar UMA Perspectiva "abolicionista" da pena UO da responsabilização penal. Ou SEJA, Buscar Que o Sujeito se responsabilize Pelo Que elementos E, hum Ser faltante, incompleto, paradoxal, fazer qua nenhum Sistema penal Que funcione de forma rigida hierarquicamente uma Partir de Códigos objetiváveis UO tempos cronológicos poderá dar Conta, POR ISSO SEJA Mais Que Constante e ilusoriamente prometido com a Corrente e ilusória Expressão "Estado Democrático de Direito".
Nas contribuições de alguns pesquisadores de Orientação Lacaniana, encontramos UMA POSIÇÃO Bastante Interessante sobre ESSE Tema, qua nd ê colocado Que crime o E UMA UMA Busca de obra. Obra Leia-se Como UMA Fundação de Inscrição social, anseio DE TODO Sujeito (MELLO, 1990). Em Princípio, todo Sujeito não Âmbito da Neurose, fazer Ponto de Vista psicanalítico e, Neste Caso, a Escola irrelevante Teórica E, ambiciona Ser uma Partir de SUA Inscrição subjetiva com o Outro. O Ser falante visto de hum Lugar nd pólis , Como FICA Claro nd Adolescência com uma ruptura fazer laço social, com OS pais, tribos UO equivalentes, Buscando-se Uma Nova Modalidade de ser. Logo, nao e Papel da Psicanálise se colocar Como AQUELE Que absolver UO condena o criminoso. MESMO nn Casos de psicose QUANDO muitas Vezes ocorre hum crime violento, necessaria e A Construção de UMA responsabilização, mas a Neste Caso a responsabilização penal PODE Ser o advir do Sujeito fazer Desejo.
Se Nao Como o super-Herói, Como o Pior dos criminosos. ESSA E a prerrogativa de Ser, de se destacar da função materna, faça Reino da SIMBIOSE, Que AO MESMO ritmo Nutre e asfixia, parágrafo Produzir-se nd Relação com o Outro constantemente. HA UMA imprevisibilidade naquilo Que o Sujeito Humano E Capaz de se Fazer, SEJA ATRAVES de atos, Pensamentos, Emoções, Sentimentos, Desejos, fantasias, etc ISSO UMA Traz Inevitável Variabilidade Entre OS atos criminais Tipicamente E Os Modos de Ser Humano (HOENISCH, 2002). E Relevante lembrar Que OS Modos veado Mais Tipicamente neuróticos estao Tao um Mercê fazer UO crime da violação da lei QUANTO OS Tipicamente perversos UO psicóticos, JA NAO HÁ Que Dispositivo da Relação de Causa-Efeito, Muito Menos de correlação Estatística, Entre o crime cometido Personalidade ea fazer o Sujeito Que supostamente cometeu. Crimes violentos PODEM servi psicóticos categorizados Como, mas o ato psicótico NAO implicações necessariamente o funcionamento psicótico, Nem vice-versa. Pensando-se ASSIM, Mais complexa ainda se Torna a Tarefa de Construir QUALQUÉR Diagnóstico, SE ASSIM Fosse o Caso.
Dentre como torções teóricas Que a Psicanálise, atraves de SEUS ditos Representantes OU "Especialistas", necessitou parágrafo Ser ACEITA nenhum campo da criminologia, como DISCUSSÕES ACERCA das avaliações, a Diagnósticos e prognósticos Semper mostram Ser como problemáticas Mais obscuras e. Alguns Profissionais, referindo-se utilizar da Psicanálise, afirmam Ser capazes de "medir" os Impulsos agressivos e Prever uma reincidência fazer crime. Nao parece nn Claro Como ISSO séria Possível, tendão los vista Que um Própria psiquiatria NAO E UMA Ciência Exata, de Certeza Estatística. MESMO Que o fossa, como Ciências Naturais nn falariam de forte Tendência, mas Nunca certezas absolutas de, comeu porqué, AO tratarmos politicamente das Ciências, ESTAMOS Falando da necessaria impossibilidade de Existir não Seu escopo hum sabre totalitário e Completo, Ja Que se tornaria ditatorial , Barbaro de e Destruidor d bis alteridade AO Acreditar
Que ocupa ESTE LUGAR perante ósmio other Saberes Poderes e.
Se ESTA Reflexão CABE sobre uma Perspectiva transgressora da Psicanálise parágrafo analisarmos Brevemente Seu Lugar Junto crime ao, uma MESMA POSIÇÃO nn servirá parágrafo Pensar uma POSIÇÃO das psicanálises Diante fazer Avanço das Neurociências.
Freud Entre um e bruxaria como Neurociências Diante fazer debate CADA Vez Mais Contemporâneo Entre um e Psicanálise como Neurociências, Que Lugar ocupar? Defender uma doutrina freudiana Como Campo Independente e Ser considerado ortodoxo UO obscurantista? Defender a União da Psicanálise com como Neurociências, Ja Que alguns Experimentos destas serviriam parágrafo evidenciar - Novamente o ideal cientificista hipotético dedutivo-- Que a Psicanálise "Funciona?" Ambas as posições apresentam SEUS Riscos e Novamente ESTAMOS DO Diante Tema de Como garantir, Tanto QUANTO SEJA Possível, a Transmissão da Psicanálise EO Seu Relevante Papel social. Que Lugar tera uma Invenção freudiana Num Mundo bioquímico, Tomado POR Terapias supostamente Mais eficazes, Que adicionadas AOS psicofármacos seriam pretensamente capazes de abolir o mal-Estar da Civilização? O Que PODE uma Psicanálise, Como Invenção Humana e com Finalidade, grosseiramente Falando, de retificação subjetiva, de propor outra forma de gozo, de lidar com o sintoma e com uma incompletude? E, POR FIM, Como sustentar SUAS Idéias densas Diante de UMA Sociedade nd Qual o Conhecimento cede Lugar à information Instantânea e efêmera? Aqui caberia UMA Reflexão sobre a Diferença Entre Formação e Informação.
A Formação Analítica E Feita Caso a Caso. Trata-se de UMA Questão Altamente afastada fazer Modelo universitário Contemporâneo: informar. A Sociedade parece atravessar hum PERÍODO de ruptura do Conhecimento, Sendo Este ágora Trocado Pela Informação. Nao si Elementos Trata Similares DE. Parece Prudente Pensar Que Nao è Possível responder a questões complexas de maneira Tão Rapida. Nosso tempo Atual, um Chamada "modernidade tardia" OU Simplesmente "Contemporânea", apresenta Uma Nova Revolução los andamento Que colocam uma "velha senhora", Como UMA Vez denominou Freud a Psicanálise, in xeque. Segundo Rouanet (2002), testemunhamos hum re-encantamento do Mundo, POIs assistimos uma paradoxos Que geram alta perplexidade: de hum Lado, o afloramento de seitas fundamentalistas, Encontros de bruxas, duendes e fadas, o Conceito de "loucura" e Doença mental, Novamente tomados Como possessão Espiritual, tal Como nd Idade Media; de Outro, uma mistificação exagerada de alguns Segmentos das Neurociências, advogando o Fim da Psicanálise, de QUALQUÉR psicoterapia NAO diretiva, POIs ágora OS fármacos ea Genética explicarão de Todos os machos. Em outras Palavras, de hum Lado o obscurantismo, fazer Outro UMA suposta e hum Tanto Ingenua Revolução Científica, Que ambiciona responder a TODAS as fendas da condição Humana Pela via dos neurotransmissores e
Equilíbrio neuroquímico. Tanto UMA POSIÇÃO QUANTO outra nn parecem cegas A Razão, Tomada Aqui não SENTIDO posto Pelo iluminismo: capacidade de refletir sobre Humana si MESMA de maneira secular (ROUANET, 1993). E Verdade Que a Psicanálise Como campo de Conhecimento NAO E Tributária da Razão. Prática Clínica Suá nn revelação Que o Eu NAO E senhor los SUA casa propria e Que Nao E Possível uma emancipação atraves das Luzes da Razão. A Psicanálise Suspeita da Razão.
Mas NEM POR ISSO Pesquisa ea Prática de um psicanalítica São irracionais, Caso contrario NAO necessitaríamos dos
criterios Que sustentam a doutrina psicanalítica e Que diferenciam como abusivas Praticas equivocadas E fazer Exercício Sério da clínica. Porem, o Que É O fio determinante da Prática Analítica, dada a Diversidade de Escolas e Formas de Pensamento no Campo sabre deste? A Ética. A Questão da Ética los Psicanálise Trata-se de UMA Temática árdua fazer Ponto de Vista intelectual. De TRADUÇÃO com Ocariz (2003), sustentada NA DISCUSSÃO proposal POR Lacan, Nao se trataria da Ética ligada à moral da religião, NEM UMA de Ética relacionada AO Que UMA Sociedade define, uma Partir de SUA maioria, Como adequada. Aqui, Trata-se de fazer UMA Ética Sujeito, in Que o Que estabelece hum Limite Entre como RELAÇÕES E o Que se define Como Uma "Ética fazer Privado", se ASSIM SE PODE DiZer, EM QUE O LIMITE não Desejo fazer o Sujeito E Desejo fazer Outro. Enfim, Trata-se de Leitura NAO UMA moralista das Condutas, mas da proposição de Que existe UM LIMITE AO dado Sujeito e ESSE LIMITE PT da Ordem do respeito de um UMA Modalidade de laço social, Que permita subordinar uma pulsão de Morte e manter um los Vida Sociedade com Principios de Liberdade de Convivência e Diferenças. Sendo ASSIM, Trata-se de responsabilizar-se uma Ética Pelo Desejo e SUAS consequencias, afastando-se, peremptoriamente, de UMA POSIÇÃO narcisista
Primária. Trata-se da Ética de hum LIMITE, E Que a Barra do gozo, Que não FIM das Contas E o Fundamento da Civilização, sem, não entanto, sor Tomada Como UMA Imposta moral. Como afirmado FOI, uma Questão concernente à Ética e à Psicanálise complexa E, se afasta da Bastante Ética da Filosofia e das DISCUSSÕES Que tomam uma etica eA equivalentes Como morais. O Que E Interessante destacar E necessaria uma POSIÇÃO NAO moralista e universalista POR Parte de QUEM exerce o oficio de Analista não Âmbito penal (somente Nele?), Tendão los Vista Que essas posições NAO Só se afastam da Psicanálise, mas also contribuem par a estigmatização Sujeito fazer infrator e contribuem par de uma fantasia Que crime o, uma Violência ea Criminalidade Nao São efeitos dos ordenamentos e Discursos Que Regém CADA Conjunto social. Uma busca no POR ESSA proposal de Ética E UMA das respostas possíveis Tanto par tentar estabelecer o Que legítimo E Que fazer NAO E, Como parágrafo constituir o aceitável, o Humano e não razoável sociais laço. Nessa Perspectiva, ainda Nao sabemos, Como Agentes da Prática Psicanalítica, Onde ESTA DEVE Estar Diante destes sintomas Contemporâneos. Mas sabemos Onde ELA NAO DEVE ESTAR, soluço o Risco de Perder SUA Ética Que LHE Própria E: NEM fazer Lado fazer misticismo, Nem dos Discursos totalitários. A Psicanálise, Como ELA MESMA UMA Ética, also TEM UMA Finalidade Terapêutica (SE ASSIM NAO para, NAO HÁ Razão parágrafo SUA existencia) e, consequentemente, Política. Devera ELA ceder como Novas Políticas hegemônicas de Mercado? Render-se à convocatória de Mais Eficiência, de maïs abrangência, de Pressa de "cura"? Ou se colocará Como problematizadora da Própria Cultura Que um? CRIOU ea convoca, incessantemente, uma Escutar o Que ha de desestabilização selvagem Própria Cultura Essas respostas devem Ser construídas Pela Própria Psicanálise e SEUS Representantes, Dentro de hum Diálogo interdisciplinar Crítico e NAO dogmático.
Referencias
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1978. BUENO, CMO Entre-vista - Espaço de Construção subjetiva . 4. ed. Porto Alegre: . EDIPUCRS, 2002 DALGALLARRONDO, P. Psicopatoloiga e Semiologia dos Transtornos mentais . 2. ed. Porto Alegre:. Artmed, 2008 FERRAZ, FC Perversão: clinica psicanalítica . 2 ª Edição. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002. FOUCAULT, M. História da Sexualidade 2: o USO dos Prazeres . 12 ed. Rio de Janeiro: Graal, 1984. FREUD, S. A Psicanálise ea determinação dos Fatos los processes JURIDICOS. In: Edição padrão brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud . Trad. Jayme Salomão. Rio de Janeiro:. Imago, 1976, v IX FREUD, S. Como vicissitudes pulsões de e SUAS. [1915].
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Os Rumos da Psicanálise no Brasil: hum Estudo sobre a Transmissão
psicanalítica . 1 ed. São Paulo: Ed.. Escuta, 2003.
Criminologia e Psicanálise: breves considerações sobre a visão de Lacan.
Jacques Lacan, Antes de Ser hum dos notáveis da Psicanálise, pensador hum FOI. Suá Contribuição de Liberdade de Informação do Além da doutrina freudiana, AO fundir a Psicanálise com o sabre oriundo de other ramos do Conhecimento, Como um Lingüística, Filosofia etc marca Ele ousou na História do Pensamento Ocidental Próprio com SUA Abordagem da Psicanálise. è curioso Como Diversos psicanalistas Como Freud , Lacan, Maud Mannoni, Entre other nomos, EM SEUS algum Momento de Trabalhos tiveram Que conectar de alguma forma a Psicanálise com o crime OU um Criminologia Propriá. Freud, in alguns Momentos de SEUS ESTUDOS, also discorreu sobre o crime. Psicanálise e Criminologia de São Ciências, parágrafo OS Que defendem ESTA Visão, Que surgiram los UMA Época Muito récente e Próxima, NA VISÃO DE alguns. Cesare Lombroso publicou "O homem delinquente" em 1876; Freud publicou O Livro "A Interpretação dos Sonhos", EM 1900. Ambas as teorias tiveram UMA forte Influência do Pensamento se definitiva do Século XIX, E SE COM desenvolveram grandioso VELOCIDADE NAS Primeiras Décadas do Século XX, com a Criminologia uma Pragmática Influência do Pensamento norte-americano, utilitarista, ea Psicanálise com o sopro revitalizador fazer Pensamento lacaniano uma Partir da Década de 1940.
Segundo Elizabeth Roudinesco:
"Se Lombroso inventou a falsa Teoria do" criminoso nato ", ELE FOI also O Primeiro grande teorizador fazer um crime constituir UMA Documentação sobre a Criminalidade, Escrita pelos Condenados;. Diarios íntimos, autobiografias, Depoimentos Grafites de prisioneiros e anotações los Livros de Bibliotecas ASSIM uma criminologia nascente Nao se contentava los classificar taras e estigmas, porem JÁ afirmava, Como fizera Freud AO lutar contra o niilismo Terapêutico, uma Necessidade de Estudo Incluir não fazer um crime fazer Fala interessado principal: o Próprio criminoso ".
2.Lacan crime OE. Curiosamente, FOI UM crime Que chamou a Atenção DO Jovem Lacan Que los SUA TESE 1932 defendeu Medicina "Da psicose paranóica los SUAS RELAÇÕES COM A Personalidade", apos acompanhar POR Cerca de hum Ano e Meio a estória Que . elementos MESMO chamou de "Caso Aimée" Segundo Elizabeth Roudinesco: "Não Hospital Sainte-Anne, Durante hum Ano, Lacan utilizou de Todos os Meios à Disposição parágrafo Construir hum Caso de paranóia de autopunição, Mais de Next SUAS preocupações doutrinais Que fazer Verdadeiro Destino de Marguerite Pantaine. ESSA Mulher, Que malograra los crime Seu, apresentava Sinais reais de paranóia e, SEM Dúvida nenhuma, era AO MESMO ritmo perseguida, megalômana e mística. " Pouco DEPOIS, outro crime chamou a Atenção de Lacan, Que buscava Construir um SUA Visão especial da Psicanálise: o Caso das Irmas Pappin (1933). Todavia, já houve mudança de paradigma UMA da Visão Lacaniana Entre o Caso Aimée E O das Irmãs Pappin.
Pará Roudinesco: "De hum crime Outro, de Marguerite a Christine, Lacan havia Passado portanto de hum monismo spinoziano, não pensava qua a Personalidade Como UMA totalidade Que incluía uma norma ea patologia, um hum monismo hegeliano, Que o fazia abandonar uma Ideia MESMA de Personalidade los a favor da Ideia de Consciência de si. Mas Sera Preciso esperar o Ano de 1936 parágrafo Que Seu Encontro com o Sistema hegeliano Traga Realmente SEUS frutos, uma Partir da Dupla Experiência não Divã de Loewenstein e do Seminário de Kojève. " 3 .. Lacan ea Criminologia Na jornada Pessoal fazer Desenvolvimento de SUAS Idéias, e da Própria Psicanálise, momentos houve Dois Bem Que específicos levaram Lacan a tratar Treatement das RELAÇÕES da Psicanálise com a Criminologia: O Primeiro FOI um parágrafo XII Comunicação uma conferencia dos Psicanalistas de Língua Francesa, EM 29.05.50, publicada com o título "Introdução Teórica ás funções da Psicanálise los Criminologia" na Obra "Escritos", não de Ano 1966, EO Segundo Momento não Retorno fazer MESMO Tema, com um de Publicação "Premissas um TODO o Desenvolvimento Possível da Criminologia ", um resumo das respostas fornecidas POR OCASIÃO DO debate sobre ESSE Primeiro Relatório e Que se Encontra nd obra" Escritos other ", Publicada por Jacques-Alain Miller los de 2001. Lacan Deixa Claro sas Dois Artigos O Papel da lei los SUA Interação com uma subjetividade Humana ea Relação Dialética da lei com o crime, Uma Criação da Cultura.
Para Lacan:
"A psicanálise amplia o campo das indicações de um tratamento possível do criminoso como tal -evidenciando a existência de crimes que só tem sentido se compreendidos numa estrutura fechada de subjetividade -nominalmente,
aquela que exclui o neurótico do reconhecimento autêntico do outro, amortecendo para ele as experiências da luta e da comunicação social, estrutura esta que pode deixar atormentado pela raiz truncada da consciência moral que chamamos de supereu, ou, dito de outra maneira, pela profunda ambigüidade do sentimento que isolamos no termo culpa".
Tal advertência é de suma importância e atualidade para a Criminologia, invadida que foi pelas teorias macrossociológicas norte-americanas, as quais gozam de grande aceitação na criminologia, por darem uma visão de conjunto do fenômeno criminal, mas não aprofundam a história de cada indivíduo com todas as suas particularidades psicológicas.
Ainda Lacan:
"Isso porque a realidade humana não é apenas obra da organização
social, mas é uma relação subjetiva que, por estar aberta à dialética patética
que tem de se submeter o particular ao universal, tem seu ponto de partida numa dolorosa alienação do indivíduo em seu semelhante, e encontra seus encaminhamentos nas represálias da agressividade"
Uma das preocupações da criminologia é a busca da verdade, ou, da percepção mais próxima possível de toda a complexidade do fato criminal, procura que não é a mesma do Direito Penal com suas "verdades jurídicas". A Psicanálise, neste
ponto com Lacan, auxilia na busca dessa verdade, quando inclui a subjetividade
do delinqüente no foco do criminólogo, não deixando-o alienado de sua
história.
É sobre isso que adverte Lacan:
"A ação concreta da psicanálise é de benefício numa ordem rija. As significações que ele revela no sujeito culpado não o excluem da comunidade humana. Ela possibilita um tratamento em que o sujeito não fica alienado em si mesmo. A responsabilidade por ela restaurada nele corresponde à esperança, que palpita em todo o ser condenado, de se integrar em um sentido vivido."
4.Considerações finais.
O condenado vive em um sistema opressivo e com fins manifestos e ocultos. A ressocialização é um dos objetivos apregoados e quase nem sempre atingidos.
A Criminologia atual trabalha com teorias de grande aceitação, sendo dominada na atualidade pelas macrossociológicas, as quais abandonam o foco do ser humano para procurar padrões de comportamento em grupos dos mais diversos tamanhos, perdendo a essência da pessoa humana que está sendo julgada pelo ato criminoso.
Restaurar a história do sujeito que cumpre a pena é humanizar aspectos que a frieza das teorias criminológicas modernas não consegue alcançar, resgatando a dor que todo o evento criminal também traz para os seus autores.
Finalizando, com Lacan, que frisa a idéia da responsabilidade do sujeito:
"A verdade que a psicanálise pode conduzir o criminoso não pode ser desvinculada da base da experiência que a constitui, e essa base é a mesma que define o caráter sagrado da ação médica -ou seja, o respeito pelo sofrimento do homem."
A psicanálise do criminoso tem limites que são exatamente aqueles em que começa a ação policial, em cujo campo ela deve se recusar a entrar. Por isso é que não há de ser exercida sem punição, mesmo quando o delinqüente, infantil, se beneficiar de uma certa proteção da lei.
5.Referências bibliográficas.
CALHAU, Lélio Braga. Resumo de Criminologia, 4ª ed, Rio de Janeiro, Impetus, 2009.
LACAN, Jacques. Premissas a todo o desenvolvimento da Criminologia in Outros escritos. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2003.
ROUDINESCO, Elizabeth. Jacques-Lacan: esboço de uma vida, história de um sistema de pensamento. Tradução de Paulo Neves. Companhia das Letras, 2008.
A parte obscura de nós mesmos: uma história dos perversos. Tradução de André Telles. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2007.
ROUDINESCO, Elizabeth; PLON, Michel. Dicionário de Psicanálise. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1998.
Segundo Elizabeth Roudinesco:
"Se Lombroso inventou a falsa Teoria do" criminoso nato ", ELE FOI also O Primeiro grande teorizador fazer um crime constituir UMA Documentação sobre a Criminalidade, Escrita pelos Condenados;. Diarios íntimos, autobiografias, Depoimentos Grafites de prisioneiros e anotações los Livros de Bibliotecas ASSIM uma criminologia nascente Nao se contentava los classificar taras e estigmas, porem JÁ afirmava, Como fizera Freud AO lutar contra o niilismo Terapêutico, uma Necessidade de Estudo Incluir não fazer um crime fazer Fala interessado principal: o Próprio criminoso ".
2.Lacan crime OE. Curiosamente, FOI UM crime Que chamou a Atenção DO Jovem Lacan Que los SUA TESE 1932 defendeu Medicina "Da psicose paranóica los SUAS RELAÇÕES COM A Personalidade", apos acompanhar POR Cerca de hum Ano e Meio a estória Que . elementos MESMO chamou de "Caso Aimée" Segundo Elizabeth Roudinesco: "Não Hospital Sainte-Anne, Durante hum Ano, Lacan utilizou de Todos os Meios à Disposição parágrafo Construir hum Caso de paranóia de autopunição, Mais de Next SUAS preocupações doutrinais Que fazer Verdadeiro Destino de Marguerite Pantaine. ESSA Mulher, Que malograra los crime Seu, apresentava Sinais reais de paranóia e, SEM Dúvida nenhuma, era AO MESMO ritmo perseguida, megalômana e mística. " Pouco DEPOIS, outro crime chamou a Atenção de Lacan, Que buscava Construir um SUA Visão especial da Psicanálise: o Caso das Irmas Pappin (1933). Todavia, já houve mudança de paradigma UMA da Visão Lacaniana Entre o Caso Aimée E O das Irmãs Pappin.
Pará Roudinesco: "De hum crime Outro, de Marguerite a Christine, Lacan havia Passado portanto de hum monismo spinoziano, não pensava qua a Personalidade Como UMA totalidade Que incluía uma norma ea patologia, um hum monismo hegeliano, Que o fazia abandonar uma Ideia MESMA de Personalidade los a favor da Ideia de Consciência de si. Mas Sera Preciso esperar o Ano de 1936 parágrafo Que Seu Encontro com o Sistema hegeliano Traga Realmente SEUS frutos, uma Partir da Dupla Experiência não Divã de Loewenstein e do Seminário de Kojève. " 3 .. Lacan ea Criminologia Na jornada Pessoal fazer Desenvolvimento de SUAS Idéias, e da Própria Psicanálise, momentos houve Dois Bem Que específicos levaram Lacan a tratar Treatement das RELAÇÕES da Psicanálise com a Criminologia: O Primeiro FOI um parágrafo XII Comunicação uma conferencia dos Psicanalistas de Língua Francesa, EM 29.05.50, publicada com o título "Introdução Teórica ás funções da Psicanálise los Criminologia" na Obra "Escritos", não de Ano 1966, EO Segundo Momento não Retorno fazer MESMO Tema, com um de Publicação "Premissas um TODO o Desenvolvimento Possível da Criminologia ", um resumo das respostas fornecidas POR OCASIÃO DO debate sobre ESSE Primeiro Relatório e Que se Encontra nd obra" Escritos other ", Publicada por Jacques-Alain Miller los de 2001. Lacan Deixa Claro sas Dois Artigos O Papel da lei los SUA Interação com uma subjetividade Humana ea Relação Dialética da lei com o crime, Uma Criação da Cultura.
Para Lacan:
"A psicanálise amplia o campo das indicações de um tratamento possível do criminoso como tal -evidenciando a existência de crimes que só tem sentido se compreendidos numa estrutura fechada de subjetividade -nominalmente,
aquela que exclui o neurótico do reconhecimento autêntico do outro, amortecendo para ele as experiências da luta e da comunicação social, estrutura esta que pode deixar atormentado pela raiz truncada da consciência moral que chamamos de supereu, ou, dito de outra maneira, pela profunda ambigüidade do sentimento que isolamos no termo culpa".
Tal advertência é de suma importância e atualidade para a Criminologia, invadida que foi pelas teorias macrossociológicas norte-americanas, as quais gozam de grande aceitação na criminologia, por darem uma visão de conjunto do fenômeno criminal, mas não aprofundam a história de cada indivíduo com todas as suas particularidades psicológicas.
Ainda Lacan:
"Isso porque a realidade humana não é apenas obra da organização
social, mas é uma relação subjetiva que, por estar aberta à dialética patética
que tem de se submeter o particular ao universal, tem seu ponto de partida numa dolorosa alienação do indivíduo em seu semelhante, e encontra seus encaminhamentos nas represálias da agressividade"
Uma das preocupações da criminologia é a busca da verdade, ou, da percepção mais próxima possível de toda a complexidade do fato criminal, procura que não é a mesma do Direito Penal com suas "verdades jurídicas". A Psicanálise, neste
ponto com Lacan, auxilia na busca dessa verdade, quando inclui a subjetividade
do delinqüente no foco do criminólogo, não deixando-o alienado de sua
história.
É sobre isso que adverte Lacan:
"A ação concreta da psicanálise é de benefício numa ordem rija. As significações que ele revela no sujeito culpado não o excluem da comunidade humana. Ela possibilita um tratamento em que o sujeito não fica alienado em si mesmo. A responsabilidade por ela restaurada nele corresponde à esperança, que palpita em todo o ser condenado, de se integrar em um sentido vivido."
4.Considerações finais.
O condenado vive em um sistema opressivo e com fins manifestos e ocultos. A ressocialização é um dos objetivos apregoados e quase nem sempre atingidos.
A Criminologia atual trabalha com teorias de grande aceitação, sendo dominada na atualidade pelas macrossociológicas, as quais abandonam o foco do ser humano para procurar padrões de comportamento em grupos dos mais diversos tamanhos, perdendo a essência da pessoa humana que está sendo julgada pelo ato criminoso.
Restaurar a história do sujeito que cumpre a pena é humanizar aspectos que a frieza das teorias criminológicas modernas não consegue alcançar, resgatando a dor que todo o evento criminal também traz para os seus autores.
Finalizando, com Lacan, que frisa a idéia da responsabilidade do sujeito:
"A verdade que a psicanálise pode conduzir o criminoso não pode ser desvinculada da base da experiência que a constitui, e essa base é a mesma que define o caráter sagrado da ação médica -ou seja, o respeito pelo sofrimento do homem."
A psicanálise do criminoso tem limites que são exatamente aqueles em que começa a ação policial, em cujo campo ela deve se recusar a entrar. Por isso é que não há de ser exercida sem punição, mesmo quando o delinqüente, infantil, se beneficiar de uma certa proteção da lei.
5.Referências bibliográficas.
CALHAU, Lélio Braga. Resumo de Criminologia, 4ª ed, Rio de Janeiro, Impetus, 2009.
LACAN, Jacques. Premissas a todo o desenvolvimento da Criminologia in Outros escritos. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2003.
ROUDINESCO, Elizabeth. Jacques-Lacan: esboço de uma vida, história de um sistema de pensamento. Tradução de Paulo Neves. Companhia das Letras, 2008.
A parte obscura de nós mesmos: uma história dos perversos. Tradução de André Telles. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2007.
ROUDINESCO, Elizabeth; PLON, Michel. Dicionário de Psicanálise. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1998.
PRINCIPIO DA PSICANALISE NA ESCRITA.
O conceito de letra tem várias acepções na teoria lacaniana, em alguns
momentos sendo praticamente identificado à noção de significante e em outros afastando-se dela; ora o conceito é aproximado da determinação simbólica da escrita, ora o é da sintaxe, da textualidade, e ora da lógica combinatória. Portanto, quando nos referimos à letra, ocorre perguntar de que letra se trata.
Considerando-se a importância do conceito de letra tanto no campo da constituição subjetiva quanto na formação do significante e seus efeitos e uso na clínica, pretende-se neste trabalho trazer uma reflexão sobre estes três aspectos do conceito: a letra e a escrita inconsciente, a letra e a constituição subjetiva e a clínica do literal.
LETRA E ESCRITA INCONSCIENTE – ( a escrita )
E a partir principalmente das considerações de Freud acerca da noção de escrita na Interpretação dos sonhos que Lacan desenvolve conceitos fundamentais em sua obra, como, por exemplo, a noção de letra, que não é cunhada como conceito por Freud, mas utilizada enquanto elemento combinatório na formação dos sonhos. Deste modo, com Lacan, a letra tem seu papel ampliado "para atingir a própria instauração do inconsciente,concomitante à instalação do sistema simbólico e do significante, bem como do surgimento do sujeito propriamente dito (...). É entre duas palavras e entre duas linguagens, que já denunciam na sua unidade distintiva a clivagem do sujeito pela consideração do inconsciente, que a escrita se insere, sobretudo na forma de letra" (Machado, 1998, pp. 105-6).
O esvaziamento de sentido da letra pode ser apontado como ponto fundamental que permite tanto a passagem histórica da letra à escrita, como também a constituição do significante, do traço e do inconsciente sob a forma de apagamento dos restos imaginários do real, permitindo assim o engendramento do sujeito no registro do simbólico, como nos propõe Lacan. E nesse sentido o conceito de letra circula nos três registros.
A noção de letra, que no Seminário XX, Mais, ainda lacan designa como elemento de conjunção, é um fator capital na estruturação do inconsciente a partir da linguagem; há nessa definição de inconsciente uma passagem necessária pela letra, que será posteriormente explicitada.
Alguns esclarecimentos fazem-se necessários no que tange a conceitos que participam dos campos teóricos mais distintos: a linguagem a que se refere Lacan "não se confunde com a linguagem tal como a concebem os linguistas: contrapartida obrigatória dessa primeira verificação: o significante lacaniano não se confunde com o seu homônimo (e epônimo) saussuriano" (Arrivé, 1994, p. 96).
E essa é a pesquisa desenvolvida por Arrivé, cujas principais conclusões são as seguintes: enquanto em Saussure há uma teoria do signo, em Lacan há uma teoria do significante. Para Saussure, trata-se de um significante que estabelece uma relação de dualidade com o significado, em que os dois delimitam-se reciprocamente, como em sua famosa analogia com a folha de papel, da qual não se pode cortar o anverso sem se cortar o reverso ao mesmo tempo; para Lacan, a relação entre significante e significado é de duplicidade, na qual o significante tem autonomia em relação ao significado, ou seja, no sentido diacrônico, com o tempo se produzem deslizamentos, modificando o conteúdo do significante a partir da evolução histórica das significações humanas. Lacan homologa linearidade e diacronia: "Colocar o princípio de linearidade é dizer que falar toma tempo: põe-se um significante depois do outro e se recomeça. E, se a gente fizesse isso ininterruptamente durante alguns séculos, por certo traria algumas modificações na própria língua.
Sim, Mas é fato que Saussure, aparentemente, não estabelece explicitamente essa relação entre linearidade e diacronia: a linearidade - que, é preciso lembrar, só afeta o significante - é, para ele, de natureza sincrônica. Não para Lacan" (Arrivé, 1994, p. 101).
Segundo Ritvo (2000), a letra, aqui considerada como traço significante no corpo, é o conceito que permite a distinção entre o significante linguístico e o significante psicanalítico, no que introduz o efeito de rasura, de apagamento, de desaparecimento.
A letra teria como propriedades ser diferente de tudo o que a rodeia (propriedade esta compartilhada pela linguística estrutural) e ser diferente dela mesma. Numa referência ao Seminário
IV. A relação de objeto, Ritvo sugere que a letra esteja do lado da privação. "Privação dessa metade do sujeito com a qual nunca se contou - aí está o paradoxo. Não é que se tenha partido em duas metades, uma perdida e outra ganha, mas sim que a ganha nunca existiu" (2000, p. 13).
Na concepção comum a letra A é diferente de si porque nunca a repito de modo idêntico. Para a psicanálise é como se houvesse um A anterior ao A não pronunciado e inexistente que apontasse para a privação na origem. A letra está associada ao problema estrutural da privação, privação de uma metade do sujeito que nunca existiu; para Safouan, apenas o neurótico acredita que o A existe e o busca.
Para retomar os efeitos de rasura e apagamento introduzidos pela letra psicanalítica, podemos trazer a cena do analisante que diz que se lembra de algo, mas a lembrança enquanto retorno do recalcado já não é a mesma após ser afetada pela censura. "E nunca vamos encontrar essa primeira vez em que algo foi dito, idêntico a si próprio. Esse ponto é onde entra a letra" (Ritvo, 2000, p. 14).
Desde A carta roubada a noção de letra já está associada ao efeito de desaparecimento. Lacan contradiz o provérbio "scripta manent, verba volant" ao propor que as palavras, ao serem ditas ao outro, não podem ser desditas, apagadas; o outro, enquanto testemunha, as escuta e registra; já os escritos podem ser rasurados, apagados. "O inconsciente lê uma escrita em ruínas e a transforma em significante. Mas, observem, trata-se obviamente de um campo metafórico - como se a função do inconsciente consistisse em cifrar e decifrar continuamente marcas apagadas, marcas em estado de ruínas, marcas que se constroem e voltam a destruir-se incessantemente. O que o inconsciente faz é inventar, cifrar e não decifrar. O decifrar é a suposição do inconsciente em relação ao sujeito suposto saber, isto é, um sujeito suposto decifrador do que cifra o inconsciente, mas o que o inconsciente faz é apenas trabalhar cifrando (cifrar, aqui, quer dizer inventar)" (Ritvo, 2000, p. 16).
Também a palavra à qual nos referimos em psicanálise é diferente daquela definida pelos linguistas, ou seja, sob a regra da associação livre, possui outra estrutura, outro funcionamento. Entregar-se à regra da associação livre é acreditar que aquilo que é dito o é pela metade ou "que a palavra não pode senão meio dizer-se", falar qualquer coisa é assim dizer o que não pode ser dito, o discurso do inconsciente - é o que diz Lacan no Seminário
Os escritos técnicos de Freud - mostra-se mascarado, criptografado, é a priori incomunicável e se apodera dos tagesreste, de elementos vazios, para se fazer reconhecer. Os tagesreste descritos por Freud como restos diurnos, elementos errantes, destituídos de sentido e disponíveis no pré-consciente, são justamente o material significante, fonemático ou hieróglifo esvaziado de sentido é articulado em uma nova organização para expressar um novo sentido. Esse material significante "não é outra coisa senão escrita, sistemas de escrita (...). A equação dá como resultado que o discurso do inconsciente se apodera do discurso superficial através desses elementos esvaziados de sentido que são, repitamos mais uma vez, os tagesreste, ou formas errantes, ou material significante, ou sistemas de escrita fonemática ou hieróglifa. Esses elementos, que pertencem a um sistema de escrita, podem entrar em uma nova organização ou combinatória, para transferir uma mensagem do inconsciente rumo à superfície (...), o meio que o inconsciente tem para se revelar é o alfabeto, logo a escrita" (Machado, 1998, pp. 127-9; grifo nosso).
A partir do mecanismo de formação dos sonhos de Freud, de uma transferência de valor entre os termos, no caso dos tagesreste
e de sua combinatória, Lacan propõe a teoria do significante, que vai de encontro à noção de representação, pois o cerne de sua teoria é justamente a ruptura com a ideia de correspondência biunívoca entre forma e conteúdo, significante e significado. Qualquer imagem, figura ou palavra pode ser significante, funcionar com estrutura de escrita, isto é, organizar-se no sistema simbólico e ser passível de leitura, e para que possam ser lidas devem funcionar como letras, esvaziadas de sentido e destituídas de sua função representativa. Assim como as formações do inconsciente, os sistemas de escrita têm em comum o fato de serem legíveis. "Fazer passar uma mensagem. Essa é a astúcia fundamental que está no centro da invenção da escrita: a morte da imagem como representação da realidade e sua utilização exclusivamente pelo valor fonético ou de letra" (Machado, 1998, p. 140).
O conceito de letra tem várias acepções na teoria lacaniana, em alguns momentos sendo praticamente identificado à noção de significante e em outros afastando-se dela; ora o conceito é aproximado da determinação simbólica, ora o é da sintaxe, da textualidade, e ora da lógica combinatória. Nesse sentido vale retomar a discussão feita por Ritvo (2000) acerca do conceito em psicanálise, que é diferente do conceito no discurso acadêmico. Segundo o autor, os conceitos vêm resolver um problema em determinada época e acabam criando outro ou deixando um resto de que outra concepção do mesmo conceito vem tentar dar conta, pois os conceitos estruturam-se em função de um ponto de impossibilidade, e o rigor psicanalítico consistiria em apontar, em cada momento, qual seria esse ponto de impossibilidade.
Dessa discussão podemos pensar que também o conceito de letra e sua articulação com o significante seguem essa lógica, não sendo possível estabelecermos uma evolução linear e unívoca do conceito.
Ritvo (2000) propõe dois estatutos para a letra: o pólo patemático, que está relacionado ao traço significante no corpo, e o pólo matemático, que deriva de matema e diz respeito à letra como ideal de transmissão. No pólo patemático encontramos a oposição entre uma letra significante, letra inconsciente,relativa às formações do inconsciente e uma letra passional, que diz respeito ao isso.
Dessa forma, quando nos referimos à letra ocorre perguntar de que letra se trata. Até o Seminário
IX, A identificação, a letra de que trata Lacan está sempre referida ao significante, como elemento diferencial do mesmo, diferente quanto à materialidade e estrutura. Milner (1996, p. 104) considera que a letra e significante são distintos no ensino de Lacan, o significante consistiria em relação: "Ele representa para e é aquilo através do que isso representa; a letra mantém, decerto, relações com outras letras, mas ela não consiste somente em relações. Sendo apenas relação de diferença, o significante é sem positividade; mas a letra é positiva em sua ordem. A diferença significante sendo anterior a toda qualidade, o significante é sem qualidade, a letra é qualificada (ela tem uma fisionomia, um suporte sensível, um referente, etc.). O significante não é idêntico a si, não tendo um si a que uma iden tidade possa ligá-lo, mas a letra, no discurso em que se situa, é idêntica a si mesma.
O significante sendo integralmente definido por seu lugar sistêmico, é impossível deslocá-lo; mas é possível deslocar uma letra; assim, a operação literal por excelência deriva da permutação (testemunha a teoria dos quatro discursos). Pela mesma razão o significante não pode ser destruído: ele no máximo pode faltar em seu lugar; a letra com suas qualidades e identidade pode ser rasurada, apagada, abolida (...). Sendo deslaçável e empunhável, a letra é transmissível; (...) um significante não se transmite e nada transmite: ele representa, no ponto das cadeias em que se encontra um sujeito para outro significante". A posição de Milner, embora precisa, parece desconsiderar a evolução do conceito na obra de Lacan, tomando as últimas concepções deste acerca da letra, em detrimento de momentos em que toma a letra por significante ou considera-a uma partícula deste último.
A diferença entre letra e significante é enfatizada por Lacan na sétima aula do Seminário
XVIII, De um discurso que não seria do semblante, quando propõe que não se confundam os dois conceitos; entretanto, numa visita aos EUA em dezembro de 1975 afirma que o significante não é fonema, é letra.
Ritvo (2000) esquematiza as formas que toma a letra no ensino de Lacan: a) letra como fonema - A Instância da Letra; b) letra como texto escrito; c) como partícula significante, como carta, como envio - A carta roubada; d) essência de significante, o diferenciando do signo. É redutível, em seu nível mais simples, ao traço - Seminário IX, A identificação; e) limite, litoral entre saber e gozo - Seminário XVIII, De um discurso que não seria do semblante -, é quando afirma que o significante está no simbólico e a letra, no real; f) letra algébrica constituinte dos matemas, ideal de transmissão. Jogo de escritura - Seminário XX, Mais ainda.
A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO E DO SIGNIFICANTE ( a escrita )
A constituição do sujeito é concomitante à constituição do significante; aliás, a possibilidade de esse sujeito se dizer em sua singularidade é dada pelo seu engendramento na cadeia significante. Lacan propõe, no seminario.
IX, A identificação, que a constituição do significante ocorra em três tempos: inicialmente há a inscrição de um traço, primeira marca recebida pelo sujeito (SI), seguida por seu apagamento ou rasura, que corresponderia ao que Freud propõe como recalque, permanecendo inconsciente, e, por fim, um terceiro momento em que o sujeito pode
se dizer a partir da interpretação que faz das marcas que lhe foram inscritas (Fragelli, 2002).
É importante nesse caso fazer a distinção entre rastro e significante; apesar de ambos afirmarem uma ausência, o rastro, enquanto um primeiro nível de substituição, ainda estabelece uma relação de representação daquilo que no real é sua origem; já o significante, como operador de linguagem, só pode remeter-se a outro significante em uma relação de representatividade, e, estando completamente esvaziado de sentido, não traz nenhuma relação com o objeto; significante e significado estão irremediavelmente separados. O rastro seria, em seu caráter evanescente, a condição para a existência do significante, é com seu apagamento, esvaziamento de sentido, que ganha estatuto de significante, e isso enraíza esse último no universo da escrita, no caso, representado pelo caráter de impressão do rastro. Retomemos então os tempos de constituição do sujeito e do significante.
Do ponto de vista do significante, temos a inscrição do traço e, do lado do sujeito, a formação e
constituição da letra num tempo muito primitivo. Tomemos aqui a inscrição mnemônica no bebê da experiência de satisfação, "a letra é o elemento que foi considerado por Freud e isolado por lacan para tratar dessa singularidade do sujeito. É o que, na trama da constituição, marca a diferença mínima entre cada inscrição. É o resultado do encontro da percepção com o que será o sujeito, uma cifra. O elemento mínimo de um enigma. Marca o tempo primeiro da instalação do significante, ofertando-se como suporte material para que sobre ele a operação se desdobre" (Fragelli, 2002, p. 59).
Trata-se do apagamento do traço para que se possa constituir o significante, e essa operação é realizada pelo recalque originário, impedindo que o traço tenha acesso à consciência, instituindo S1, traço unário, primeiro significante do sujeito. A partir desse apagamento, também os significantes posteriores que por uma linha associativa estiverem ligados a S1 são recalcados; esses significantes formam uma cadeia, iniciando a operação significante, imprimindo um texto ao inconsciente. "O apagamento do traço faz uma marca, é o S2 que se institui pelo mesmo movimento que condenou S1 ao inconsciente. Assim ordenados, S1 - S2 estão ligados, mas separados. A eles se juntarão outros significantes (S3, S4, Sn...), que montarão uma cadeia, e então a operação significante poderá se desenrolar" (Fragelli, 2002, p. 62).
É o momento em que o sujeito desponta a partir da leitura das marcas anteriormente inscritas - e essa é a condição de sua constituição, dar uma significação própria, interpretar suas marcas no campo do Outro. O operador dessa leitura seria o significante do Nome do Pai, aquele que confirma a divisão do sujeito pela linguagem que submete o sujeito à lei simbólica, interditando o desejo materno e possibilitando à criança um lugar diferente daquilo que falta à mãe. Essa interdição é o que, ao barrar o gozo, articula a cadeia significante, e permite que as marcas do Outro transformem-se em marcas próprias, para que o sujeito possa se dizer.
A partir daí, podemos pensar que, se acessamos algumas leis de funcionamento do inconsciente, é porque ele migrou do real para o registro simbólico: "É o significante que escava seu lugar no real sob a forma de letra, por meio do rastro apagado ou por meio do traço unário, sendo esses três elementos a base do funcionamento da escrita" (Machado, 1998, p. 193).
O PRINCÍPIO DE LEGIBILIDADE E A CLÍNICA DO LITERAL – ( a escrita )
A ultrapassagem do real em direção ao simbólico, condição para o funcionamento do significante e, portanto, do sujeito e da cultura, está assentada na estrutura da escrita, na barra que se impõe ao imaginário, que deve ser rasurado, para que o simbólico instale-se como presença de uma ausência. "Lacan pôde nos mostrar que a mesma imagem que cripta oferece a chave de sua decifração sob a única condição de ser abordada como letra de uma escrita não alfabética" (Machado, 1998, p. 211).
Bittencourt (2002) propõe o abandono da lógica da compreensão para se aceder ao registro da escuta literal; uma escuta desprendida de imagens figurativas. Buscar uma escuta literal implica não só um desprendimento do imaginário, mas também numa relativização do simbólico a partir do corte que introduz a dimensão do real.
Trata-se de uma clínica que - incidência do real - subverte o imaginário de uma clínica psicanalítica da rememoração, de lacunas mnêmicas ( alucinações ) que serão restituídas, porque trabalha-se com a ideia de que não se pode suturar tudo e porque não existe reconstituição no sentido literal. É uma clínica que subverte também a clínica do sentido. "A clínica do literal não seria efeito de corte, enquanto um recurso da estratégia clínica? Corte que escava
o literal pela via da letra, instituindo uma quebra na paixão pelo sentido.
O sentido é a paixão em responder: `O que quer dizer?' O simbólico é o que permite
fazer sentido. A paixão se quebra para que o inconsciente compareça em ato, abrindo a possibilidade de o sujeito do inconsciente encontrar uma via por onde possa meter as caras" (Bittencourt, 2002, p. 111).
A clínica do literal empresta de Lacan suas últimas acepções acerca do conceito de letra, aqui tomada como distinta do significante, como aquela que corta o significante e leva o sujeito do território do simbólico para o litoral do real. "O corte promovido pela letra num significante não seria a construção dessa fronteira que faz margem entre o simbólico e o real, e que Lacan tenta nomear Lituraterre? (Bittencourt, 2002, p. 110).
A escuta literal funda-se no corte como deciframento em conformidade com o tempo lógico; a literalidade aponta para um entrecruzamento de sentidos, lançando o sujeito para o desconhecido. Fazendo borda ao real, oferece-se como suporte para a nomeação de significantes.
Enquanto suporte do significante, a letra traz seus elementos materiais: o fônico e o gráfico. O fônico constitui-se a partir da polissemia da língua orientada pelo som e suas assonâncias, dissonâncias e homofonias. O gráfico por sua vez é regido pela escrita, é o que se escreve, se registra (aquilo que insiste em se escrever, como o sintoma).
"Ao simbólico falta um significante que diga da coisa: `Que troço é este?'" A letra escreve essa falta e registra o real, o registro do impossível: "Eu sou cópia de uma ausência (...) O literal seria um registro que sonha em encostar na coisa" (Bittencourt, 2002, p. 116)
A teoria do significante e os desenvolvimentos acerca do conceito de letra representam grandes avanços de Lacan no sentido de tirar a psicanálise do registro imaginário, e isso se dá a partir do momento em que rompe com o paradigma da representação - o real não é representado nem por imagens, nem por palavras, e estamos fadados a continuar tentando preencher esse buraco, essa falta estrutural no Outro, com palavras. O princípio organizador do significante é a legibilidade, e não a representação. Para compreendermos a interdição da função de representação das imagens, podemos tomar o exemplo do rébus proposto por Freud na Interpretação dos sonhos, em que as imagens são tomadas por seu valor associativo, e não no sentido de representar o que imaginariamente sugerem - aí está sua condição de legibilidade, de letra.
A escrita inconsciente é ao mesmo tempo meio de recalcamento e possiblidade de revelação, ao mesmo tempo que cripta é o próprio instrumento de decifração, e isso tem algumas consequências clínicas. O fato de as formações do inconsciente, assim como a escrita, terem a legibilidade como característica comum faz da interpretação analítica um processo de deciframento e leitura - literal, eu
diria.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Arrivé, M. (1994). Linguística e psicanálise. Freud, Saussure, Hjelmslev, Lacan e outros. São Paulo, SP: Edusp.
Bittencourt, E. (2002). Da letra e da leitura na clínica do literal. Revista Literal -
Letra e Escrita na Clínica Psicanalítica, no 5.
Fragelli, I. K. Z. (2002).
A relação entre escrita alfabética e escrita inconsciente: Um instrumento de trabalho na alfabetização de crianças psicóticas. Dissertação de Mestrado, Instituto de Psicologia, Universidade de São - Paulo, São Paulo, SP.
Lacan, J. (1998).
Escritos (1966-98). Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar.
Machado, A. M. N. (1998).
Presença e implicações da escrita na obra de Jacques Lacan. Ijuí, RS: Ed. Unijuí.
Milner, J.-C. (1996).
A obra clara. Lacan, a ciência, a filosofia. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar.
Ritvo, J. B. (2000). O conceito de letra na obra de Lacan. In A prática da letra. Rio de Janeiro,
RJ: Escola da Letra Freudiana.
momentos sendo praticamente identificado à noção de significante e em outros afastando-se dela; ora o conceito é aproximado da determinação simbólica da escrita, ora o é da sintaxe, da textualidade, e ora da lógica combinatória. Portanto, quando nos referimos à letra, ocorre perguntar de que letra se trata.
Considerando-se a importância do conceito de letra tanto no campo da constituição subjetiva quanto na formação do significante e seus efeitos e uso na clínica, pretende-se neste trabalho trazer uma reflexão sobre estes três aspectos do conceito: a letra e a escrita inconsciente, a letra e a constituição subjetiva e a clínica do literal.
LETRA E ESCRITA INCONSCIENTE – ( a escrita )
E a partir principalmente das considerações de Freud acerca da noção de escrita na Interpretação dos sonhos que Lacan desenvolve conceitos fundamentais em sua obra, como, por exemplo, a noção de letra, que não é cunhada como conceito por Freud, mas utilizada enquanto elemento combinatório na formação dos sonhos. Deste modo, com Lacan, a letra tem seu papel ampliado "para atingir a própria instauração do inconsciente,concomitante à instalação do sistema simbólico e do significante, bem como do surgimento do sujeito propriamente dito (...). É entre duas palavras e entre duas linguagens, que já denunciam na sua unidade distintiva a clivagem do sujeito pela consideração do inconsciente, que a escrita se insere, sobretudo na forma de letra" (Machado, 1998, pp. 105-6).
O esvaziamento de sentido da letra pode ser apontado como ponto fundamental que permite tanto a passagem histórica da letra à escrita, como também a constituição do significante, do traço e do inconsciente sob a forma de apagamento dos restos imaginários do real, permitindo assim o engendramento do sujeito no registro do simbólico, como nos propõe Lacan. E nesse sentido o conceito de letra circula nos três registros.
A noção de letra, que no Seminário XX, Mais, ainda lacan designa como elemento de conjunção, é um fator capital na estruturação do inconsciente a partir da linguagem; há nessa definição de inconsciente uma passagem necessária pela letra, que será posteriormente explicitada.
Alguns esclarecimentos fazem-se necessários no que tange a conceitos que participam dos campos teóricos mais distintos: a linguagem a que se refere Lacan "não se confunde com a linguagem tal como a concebem os linguistas: contrapartida obrigatória dessa primeira verificação: o significante lacaniano não se confunde com o seu homônimo (e epônimo) saussuriano" (Arrivé, 1994, p. 96).
E essa é a pesquisa desenvolvida por Arrivé, cujas principais conclusões são as seguintes: enquanto em Saussure há uma teoria do signo, em Lacan há uma teoria do significante. Para Saussure, trata-se de um significante que estabelece uma relação de dualidade com o significado, em que os dois delimitam-se reciprocamente, como em sua famosa analogia com a folha de papel, da qual não se pode cortar o anverso sem se cortar o reverso ao mesmo tempo; para Lacan, a relação entre significante e significado é de duplicidade, na qual o significante tem autonomia em relação ao significado, ou seja, no sentido diacrônico, com o tempo se produzem deslizamentos, modificando o conteúdo do significante a partir da evolução histórica das significações humanas. Lacan homologa linearidade e diacronia: "Colocar o princípio de linearidade é dizer que falar toma tempo: põe-se um significante depois do outro e se recomeça. E, se a gente fizesse isso ininterruptamente durante alguns séculos, por certo traria algumas modificações na própria língua.
Sim, Mas é fato que Saussure, aparentemente, não estabelece explicitamente essa relação entre linearidade e diacronia: a linearidade - que, é preciso lembrar, só afeta o significante - é, para ele, de natureza sincrônica. Não para Lacan" (Arrivé, 1994, p. 101).
Segundo Ritvo (2000), a letra, aqui considerada como traço significante no corpo, é o conceito que permite a distinção entre o significante linguístico e o significante psicanalítico, no que introduz o efeito de rasura, de apagamento, de desaparecimento.
A letra teria como propriedades ser diferente de tudo o que a rodeia (propriedade esta compartilhada pela linguística estrutural) e ser diferente dela mesma. Numa referência ao Seminário
IV. A relação de objeto, Ritvo sugere que a letra esteja do lado da privação. "Privação dessa metade do sujeito com a qual nunca se contou - aí está o paradoxo. Não é que se tenha partido em duas metades, uma perdida e outra ganha, mas sim que a ganha nunca existiu" (2000, p. 13).
Na concepção comum a letra A é diferente de si porque nunca a repito de modo idêntico. Para a psicanálise é como se houvesse um A anterior ao A não pronunciado e inexistente que apontasse para a privação na origem. A letra está associada ao problema estrutural da privação, privação de uma metade do sujeito que nunca existiu; para Safouan, apenas o neurótico acredita que o A existe e o busca.
Para retomar os efeitos de rasura e apagamento introduzidos pela letra psicanalítica, podemos trazer a cena do analisante que diz que se lembra de algo, mas a lembrança enquanto retorno do recalcado já não é a mesma após ser afetada pela censura. "E nunca vamos encontrar essa primeira vez em que algo foi dito, idêntico a si próprio. Esse ponto é onde entra a letra" (Ritvo, 2000, p. 14).
Desde A carta roubada a noção de letra já está associada ao efeito de desaparecimento. Lacan contradiz o provérbio "scripta manent, verba volant" ao propor que as palavras, ao serem ditas ao outro, não podem ser desditas, apagadas; o outro, enquanto testemunha, as escuta e registra; já os escritos podem ser rasurados, apagados. "O inconsciente lê uma escrita em ruínas e a transforma em significante. Mas, observem, trata-se obviamente de um campo metafórico - como se a função do inconsciente consistisse em cifrar e decifrar continuamente marcas apagadas, marcas em estado de ruínas, marcas que se constroem e voltam a destruir-se incessantemente. O que o inconsciente faz é inventar, cifrar e não decifrar. O decifrar é a suposição do inconsciente em relação ao sujeito suposto saber, isto é, um sujeito suposto decifrador do que cifra o inconsciente, mas o que o inconsciente faz é apenas trabalhar cifrando (cifrar, aqui, quer dizer inventar)" (Ritvo, 2000, p. 16).
Também a palavra à qual nos referimos em psicanálise é diferente daquela definida pelos linguistas, ou seja, sob a regra da associação livre, possui outra estrutura, outro funcionamento. Entregar-se à regra da associação livre é acreditar que aquilo que é dito o é pela metade ou "que a palavra não pode senão meio dizer-se", falar qualquer coisa é assim dizer o que não pode ser dito, o discurso do inconsciente - é o que diz Lacan no Seminário
Os escritos técnicos de Freud - mostra-se mascarado, criptografado, é a priori incomunicável e se apodera dos tagesreste, de elementos vazios, para se fazer reconhecer. Os tagesreste descritos por Freud como restos diurnos, elementos errantes, destituídos de sentido e disponíveis no pré-consciente, são justamente o material significante, fonemático ou hieróglifo esvaziado de sentido é articulado em uma nova organização para expressar um novo sentido. Esse material significante "não é outra coisa senão escrita, sistemas de escrita (...). A equação dá como resultado que o discurso do inconsciente se apodera do discurso superficial através desses elementos esvaziados de sentido que são, repitamos mais uma vez, os tagesreste, ou formas errantes, ou material significante, ou sistemas de escrita fonemática ou hieróglifa. Esses elementos, que pertencem a um sistema de escrita, podem entrar em uma nova organização ou combinatória, para transferir uma mensagem do inconsciente rumo à superfície (...), o meio que o inconsciente tem para se revelar é o alfabeto, logo a escrita" (Machado, 1998, pp. 127-9; grifo nosso).
A partir do mecanismo de formação dos sonhos de Freud, de uma transferência de valor entre os termos, no caso dos tagesreste
e de sua combinatória, Lacan propõe a teoria do significante, que vai de encontro à noção de representação, pois o cerne de sua teoria é justamente a ruptura com a ideia de correspondência biunívoca entre forma e conteúdo, significante e significado. Qualquer imagem, figura ou palavra pode ser significante, funcionar com estrutura de escrita, isto é, organizar-se no sistema simbólico e ser passível de leitura, e para que possam ser lidas devem funcionar como letras, esvaziadas de sentido e destituídas de sua função representativa. Assim como as formações do inconsciente, os sistemas de escrita têm em comum o fato de serem legíveis. "Fazer passar uma mensagem. Essa é a astúcia fundamental que está no centro da invenção da escrita: a morte da imagem como representação da realidade e sua utilização exclusivamente pelo valor fonético ou de letra" (Machado, 1998, p. 140).
O conceito de letra tem várias acepções na teoria lacaniana, em alguns momentos sendo praticamente identificado à noção de significante e em outros afastando-se dela; ora o conceito é aproximado da determinação simbólica, ora o é da sintaxe, da textualidade, e ora da lógica combinatória. Nesse sentido vale retomar a discussão feita por Ritvo (2000) acerca do conceito em psicanálise, que é diferente do conceito no discurso acadêmico. Segundo o autor, os conceitos vêm resolver um problema em determinada época e acabam criando outro ou deixando um resto de que outra concepção do mesmo conceito vem tentar dar conta, pois os conceitos estruturam-se em função de um ponto de impossibilidade, e o rigor psicanalítico consistiria em apontar, em cada momento, qual seria esse ponto de impossibilidade.
Dessa discussão podemos pensar que também o conceito de letra e sua articulação com o significante seguem essa lógica, não sendo possível estabelecermos uma evolução linear e unívoca do conceito.
Ritvo (2000) propõe dois estatutos para a letra: o pólo patemático, que está relacionado ao traço significante no corpo, e o pólo matemático, que deriva de matema e diz respeito à letra como ideal de transmissão. No pólo patemático encontramos a oposição entre uma letra significante, letra inconsciente,relativa às formações do inconsciente e uma letra passional, que diz respeito ao isso.
Dessa forma, quando nos referimos à letra ocorre perguntar de que letra se trata. Até o Seminário
IX, A identificação, a letra de que trata Lacan está sempre referida ao significante, como elemento diferencial do mesmo, diferente quanto à materialidade e estrutura. Milner (1996, p. 104) considera que a letra e significante são distintos no ensino de Lacan, o significante consistiria em relação: "Ele representa para e é aquilo através do que isso representa; a letra mantém, decerto, relações com outras letras, mas ela não consiste somente em relações. Sendo apenas relação de diferença, o significante é sem positividade; mas a letra é positiva em sua ordem. A diferença significante sendo anterior a toda qualidade, o significante é sem qualidade, a letra é qualificada (ela tem uma fisionomia, um suporte sensível, um referente, etc.). O significante não é idêntico a si, não tendo um si a que uma iden tidade possa ligá-lo, mas a letra, no discurso em que se situa, é idêntica a si mesma.
O significante sendo integralmente definido por seu lugar sistêmico, é impossível deslocá-lo; mas é possível deslocar uma letra; assim, a operação literal por excelência deriva da permutação (testemunha a teoria dos quatro discursos). Pela mesma razão o significante não pode ser destruído: ele no máximo pode faltar em seu lugar; a letra com suas qualidades e identidade pode ser rasurada, apagada, abolida (...). Sendo deslaçável e empunhável, a letra é transmissível; (...) um significante não se transmite e nada transmite: ele representa, no ponto das cadeias em que se encontra um sujeito para outro significante". A posição de Milner, embora precisa, parece desconsiderar a evolução do conceito na obra de Lacan, tomando as últimas concepções deste acerca da letra, em detrimento de momentos em que toma a letra por significante ou considera-a uma partícula deste último.
A diferença entre letra e significante é enfatizada por Lacan na sétima aula do Seminário
XVIII, De um discurso que não seria do semblante, quando propõe que não se confundam os dois conceitos; entretanto, numa visita aos EUA em dezembro de 1975 afirma que o significante não é fonema, é letra.
Ritvo (2000) esquematiza as formas que toma a letra no ensino de Lacan: a) letra como fonema - A Instância da Letra; b) letra como texto escrito; c) como partícula significante, como carta, como envio - A carta roubada; d) essência de significante, o diferenciando do signo. É redutível, em seu nível mais simples, ao traço - Seminário IX, A identificação; e) limite, litoral entre saber e gozo - Seminário XVIII, De um discurso que não seria do semblante -, é quando afirma que o significante está no simbólico e a letra, no real; f) letra algébrica constituinte dos matemas, ideal de transmissão. Jogo de escritura - Seminário XX, Mais ainda.
A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO E DO SIGNIFICANTE ( a escrita )
A constituição do sujeito é concomitante à constituição do significante; aliás, a possibilidade de esse sujeito se dizer em sua singularidade é dada pelo seu engendramento na cadeia significante. Lacan propõe, no seminario.
IX, A identificação, que a constituição do significante ocorra em três tempos: inicialmente há a inscrição de um traço, primeira marca recebida pelo sujeito (SI), seguida por seu apagamento ou rasura, que corresponderia ao que Freud propõe como recalque, permanecendo inconsciente, e, por fim, um terceiro momento em que o sujeito pode
se dizer a partir da interpretação que faz das marcas que lhe foram inscritas (Fragelli, 2002).
É importante nesse caso fazer a distinção entre rastro e significante; apesar de ambos afirmarem uma ausência, o rastro, enquanto um primeiro nível de substituição, ainda estabelece uma relação de representação daquilo que no real é sua origem; já o significante, como operador de linguagem, só pode remeter-se a outro significante em uma relação de representatividade, e, estando completamente esvaziado de sentido, não traz nenhuma relação com o objeto; significante e significado estão irremediavelmente separados. O rastro seria, em seu caráter evanescente, a condição para a existência do significante, é com seu apagamento, esvaziamento de sentido, que ganha estatuto de significante, e isso enraíza esse último no universo da escrita, no caso, representado pelo caráter de impressão do rastro. Retomemos então os tempos de constituição do sujeito e do significante.
Do ponto de vista do significante, temos a inscrição do traço e, do lado do sujeito, a formação e
constituição da letra num tempo muito primitivo. Tomemos aqui a inscrição mnemônica no bebê da experiência de satisfação, "a letra é o elemento que foi considerado por Freud e isolado por lacan para tratar dessa singularidade do sujeito. É o que, na trama da constituição, marca a diferença mínima entre cada inscrição. É o resultado do encontro da percepção com o que será o sujeito, uma cifra. O elemento mínimo de um enigma. Marca o tempo primeiro da instalação do significante, ofertando-se como suporte material para que sobre ele a operação se desdobre" (Fragelli, 2002, p. 59).
Trata-se do apagamento do traço para que se possa constituir o significante, e essa operação é realizada pelo recalque originário, impedindo que o traço tenha acesso à consciência, instituindo S1, traço unário, primeiro significante do sujeito. A partir desse apagamento, também os significantes posteriores que por uma linha associativa estiverem ligados a S1 são recalcados; esses significantes formam uma cadeia, iniciando a operação significante, imprimindo um texto ao inconsciente. "O apagamento do traço faz uma marca, é o S2 que se institui pelo mesmo movimento que condenou S1 ao inconsciente. Assim ordenados, S1 - S2 estão ligados, mas separados. A eles se juntarão outros significantes (S3, S4, Sn...), que montarão uma cadeia, e então a operação significante poderá se desenrolar" (Fragelli, 2002, p. 62).
É o momento em que o sujeito desponta a partir da leitura das marcas anteriormente inscritas - e essa é a condição de sua constituição, dar uma significação própria, interpretar suas marcas no campo do Outro. O operador dessa leitura seria o significante do Nome do Pai, aquele que confirma a divisão do sujeito pela linguagem que submete o sujeito à lei simbólica, interditando o desejo materno e possibilitando à criança um lugar diferente daquilo que falta à mãe. Essa interdição é o que, ao barrar o gozo, articula a cadeia significante, e permite que as marcas do Outro transformem-se em marcas próprias, para que o sujeito possa se dizer.
A partir daí, podemos pensar que, se acessamos algumas leis de funcionamento do inconsciente, é porque ele migrou do real para o registro simbólico: "É o significante que escava seu lugar no real sob a forma de letra, por meio do rastro apagado ou por meio do traço unário, sendo esses três elementos a base do funcionamento da escrita" (Machado, 1998, p. 193).
O PRINCÍPIO DE LEGIBILIDADE E A CLÍNICA DO LITERAL – ( a escrita )
A ultrapassagem do real em direção ao simbólico, condição para o funcionamento do significante e, portanto, do sujeito e da cultura, está assentada na estrutura da escrita, na barra que se impõe ao imaginário, que deve ser rasurado, para que o simbólico instale-se como presença de uma ausência. "Lacan pôde nos mostrar que a mesma imagem que cripta oferece a chave de sua decifração sob a única condição de ser abordada como letra de uma escrita não alfabética" (Machado, 1998, p. 211).
Bittencourt (2002) propõe o abandono da lógica da compreensão para se aceder ao registro da escuta literal; uma escuta desprendida de imagens figurativas. Buscar uma escuta literal implica não só um desprendimento do imaginário, mas também numa relativização do simbólico a partir do corte que introduz a dimensão do real.
Trata-se de uma clínica que - incidência do real - subverte o imaginário de uma clínica psicanalítica da rememoração, de lacunas mnêmicas ( alucinações ) que serão restituídas, porque trabalha-se com a ideia de que não se pode suturar tudo e porque não existe reconstituição no sentido literal. É uma clínica que subverte também a clínica do sentido. "A clínica do literal não seria efeito de corte, enquanto um recurso da estratégia clínica? Corte que escava
o literal pela via da letra, instituindo uma quebra na paixão pelo sentido.
O sentido é a paixão em responder: `O que quer dizer?' O simbólico é o que permite
fazer sentido. A paixão se quebra para que o inconsciente compareça em ato, abrindo a possibilidade de o sujeito do inconsciente encontrar uma via por onde possa meter as caras" (Bittencourt, 2002, p. 111).
A clínica do literal empresta de Lacan suas últimas acepções acerca do conceito de letra, aqui tomada como distinta do significante, como aquela que corta o significante e leva o sujeito do território do simbólico para o litoral do real. "O corte promovido pela letra num significante não seria a construção dessa fronteira que faz margem entre o simbólico e o real, e que Lacan tenta nomear Lituraterre? (Bittencourt, 2002, p. 110).
A escuta literal funda-se no corte como deciframento em conformidade com o tempo lógico; a literalidade aponta para um entrecruzamento de sentidos, lançando o sujeito para o desconhecido. Fazendo borda ao real, oferece-se como suporte para a nomeação de significantes.
Enquanto suporte do significante, a letra traz seus elementos materiais: o fônico e o gráfico. O fônico constitui-se a partir da polissemia da língua orientada pelo som e suas assonâncias, dissonâncias e homofonias. O gráfico por sua vez é regido pela escrita, é o que se escreve, se registra (aquilo que insiste em se escrever, como o sintoma).
"Ao simbólico falta um significante que diga da coisa: `Que troço é este?'" A letra escreve essa falta e registra o real, o registro do impossível: "Eu sou cópia de uma ausência (...) O literal seria um registro que sonha em encostar na coisa" (Bittencourt, 2002, p. 116)
A teoria do significante e os desenvolvimentos acerca do conceito de letra representam grandes avanços de Lacan no sentido de tirar a psicanálise do registro imaginário, e isso se dá a partir do momento em que rompe com o paradigma da representação - o real não é representado nem por imagens, nem por palavras, e estamos fadados a continuar tentando preencher esse buraco, essa falta estrutural no Outro, com palavras. O princípio organizador do significante é a legibilidade, e não a representação. Para compreendermos a interdição da função de representação das imagens, podemos tomar o exemplo do rébus proposto por Freud na Interpretação dos sonhos, em que as imagens são tomadas por seu valor associativo, e não no sentido de representar o que imaginariamente sugerem - aí está sua condição de legibilidade, de letra.
A escrita inconsciente é ao mesmo tempo meio de recalcamento e possiblidade de revelação, ao mesmo tempo que cripta é o próprio instrumento de decifração, e isso tem algumas consequências clínicas. O fato de as formações do inconsciente, assim como a escrita, terem a legibilidade como característica comum faz da interpretação analítica um processo de deciframento e leitura - literal, eu
diria.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Letra e Escrita na Clínica Psicanalítica, no 5.
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A relação entre escrita alfabética e escrita inconsciente: Um instrumento de trabalho na alfabetização de crianças psicóticas. Dissertação de Mestrado, Instituto de Psicologia, Universidade de São - Paulo, São Paulo, SP.
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